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Saúde mental: adolescentes do 'Amapá Jovem' viram monitores no combate à depressão

Com enfoque em rodas de conversa, temática será difundida em polos do programa para fortalecer saúde mental da juventude.

Por Redação
05/12/2019 16h37

Capacitação envolve técnicas de abordagem, diálogo e rodas de conversa

Trabalhar a saúde mental na adolescência é desafiador, pela complexidade do tema e vulnerabilidade do público que está no topo dos índices de depressão. Especialmente por essa razão, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) incluiu o tema no processo de formação de novos monitores do Programa Amapá Jovem, desenvolvido pela Secretaria Extraordinária de Políticas da Juventude (Sejuv).

A capacitação envolve técnicas de abordagem, diálogo e rodas de conversa. Essas ferramentas são utilizadas para a condução de estratégias de cuidados em saúde, estabelecendo vínculos afetivos, desenvolvimento de confiança e a capacidade de analisar situações.

Segundo a psicóloga Sabla Figueiredo, responsável pelo Núcleo de Ações Programáticas da Coordenadoria de Políticas de Atenção à Saúde (Cpas), essas ferramentas são meios acessíveis e que surtem um resultado positivo.

"Atividades que contenham o diálogo sempre são boas. É preciso proporcionar a integração entre esses jovens e estimular a comunicação e a partilha de sentimentos, e, fazer isso entre seus pares, é melhor ainda", disse a psicóloga.  

Ao todo, estão sendo formados 62 novos monitores, com instrução técnica para lidar com temas relacionados à saúde mental. Desses, 37 atuarão em Macapá, em polos do programa, que funcionam em escolas estaduais e; outros 25, vão para o município de Santana.

Segundo o secretário da Juventude, Pedro Filé, preparar os monitores para que eles tenham a expertise de como dialogar da forma correta com os jovens é extremamente necessário.

"A juventude acaba sendo um público alvo, especialmente, em temas delicados de se tratar, como a saúde mental. Então, ter técnicos que saibam como orientar, conversar e tratar um assunto como este, é algo fundamental para não causar um efeito contrário", falou o secretário.

Em Santana, atualmente, o Amapá Jovem tem cerca de 1.200 bolsistas, e, em Macapá, 2.500. Todos são assistidos por monitores do programa, com atividades que os envolvam, tirando-os do risco de vulnerabilidade.

Para o monitor Doriel Miranda, 20 anos, é mais fácil se aproximar desses jovens quando se está no mesmo grupo de faixa etária.

"Por estarmos mais próximos, facilita uma abordagem melhor, sem que aquele jovem sinta-se preso em poder conversar, falar o que está sentindo ou o que o está angustiando. Essas instruções que recebemos hoje serão muito úteis, pois, nós, enquanto monitores, vamos saber como proceder quando identificarmos um sinal de depressão ou algo do tipo", falou Miranda.

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