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Namoro Sem Violência é tema de debate com bolsistas do Amapá Jovem

O projeto busca sensibilizar a juventude sobre relacionamentos abusivos e propor práticas preventivas e de intervenção.

Por Alice Valena
15/07/2020 20h42

A ideia é estimular os adolescentes a observarem o que é verdadeiramente um namoro sadio, ou um relacionamento com práticas abusivas

Mais de 200 jovens que fazem parte do Programa Amapá Jovem participaram nesta quarta-feira, 15, de um bate-papo via plataforma online com a gestora da Secretaria Extraordinária de Política para Mulheres (SEPM), Renata Apóstolo Santana, sobre o projeto “Namoro Sem Violência”. 

Desenvolvido pela pasta, o projeto tem o objetivo de sensibilizar os jovens a discutirem sobre relacionamentos abusivos e propor práticas preventivas e de intervenção.  A ideia é estimular os adolescentes a observarem o que é verdadeiramente um namoro sadio, ou um relacionamento com práticas abusivas como controle excessivo das ações do parceiro ou ciúmes, além da violência praticada, que , além de física, pode ser sexual, patrimonial e psicológica. 

O projeto tem como base o estudo do livro 'Namoro Sem Violência', de Sheila Giardini Murta, e, para conscientizar os jovens, utiliza vídeos, palestras educativas nas escolas e dinâmicas em grupo para que eles possam debater seus pontos de vista. Nesta época de pandemia, a forma de conversa foi por plataforma online e gerou muita curiosidade e discussão entre os adolescentes.  

A estudante e bolsista do Programa Amapá Jovem, Natalia Miranda deu sua opinião a respeito do assunto.

“Não podemos romantizar o ciúme, que depois pode vir a gera violência”, comentou.

Para Renata Apóstolo, é uma forma prática mesmo não sendo presencial, de mostrar para esses jovens de forma didática como estes tipos de relacionamentos abusivos fazem parte de seu dia a dia e o reflexo que essas atitudes podem trazer.  

“Importante que eles mesmos possam identificar esses tipos de abusos e combatê-los e também ajudar outras pessoas”, esclarece a secretária. 

Renata também destacou que, como professora, já presenciou diversas experiências vivenciadas por jovens vítimas de abuso, como brigas, falas estigmatizadas e preconceitos tanto do rapaz para a moça, como da moça para o rapaz. Atitudes de controle de amizades, invasão de privacidade e frases descontextualizadas também são abusivas e violentas. 

Participou também da conversa online, o titular da Secretaria Extraordinária de Políticas para a Juventude (Sejuv), Pedro Filé e a gerente de Projetos da SEPM, Alessandra Coelho.

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