Setrap realiza levantamento para recuperação da Estrada de Ferro
O trabalho de recuperação dos trilhos da ferrovia e do trem será feito nos próximos seis meses.
No local, a equipe de técnicos da Secretaria constatou o abandono e o descaso em relação ao cuidado com o patrimônio público nos últimos anos. Vagões abandonados, trilhos retirados, furto dos cabos usados para as locomotivas operarem e o matagal que se formou em torno do trilho foram alguns dos problemas detectados na área.
O titular da Setrap, Jorge Amanajás, disse que será realizada uma inspeção para avaliar as condições atuais da estrutura da Estrada de Ferro. Em seguida, serão iniciadas as tratativas para a recuperação e a retomada do funcionamento do trem. "Percebemos que a estrutura está bastante sucateada. Temos vários relatórios e agora vamos fazer um definitivo. De imediato assumimos o patrimônio para evitar que ele continue da forma como está, pois esta ferrovia tem um valor econômico, social e histórico para o povo do Amapá", disse o gestor.
O trabalho de recuperação dos trilhos da ferrovia e do trem será feito nos próximos seis meses. Segundo Amanajás, esse será o tempo necessário para que o governo publique um novo edital de concessão. “Já temos conhecimento de empresas interessadas em explorar a ferrovia. Uma nova concessão é a melhor saída, pois não temos recursos suficientes para manter a Estrada de Ferro funcionando nas condições que desejamos”, esclareceu.
Prejuízos
A paralisação da ferrovia, que ocorreu em 2014, trouxe perdas significativas para a economia do Estado. Os produtores que dependiam das viagens de trem para fazer o escoamento dos produtos para a capital atualmente buscam transportes alternativos.
No setor mineral, a situação é a mesma. Só no município de Serra do Navio há cerca de quatro bilhões de toneladas de manganês estocadas que poderiam ser exportadas. A Zamin ainda detém a concessão na área do Porto de Santana, mas também paralisou as atividades.
Responsabilização
Diante do descaso, o governo ingressará na Justiça para pedir o ressarcimento em relação às perdas materiais constatadas na inspeção. A ação será movida via Procuradoria Geral do Estado (PGE). “No contrato de concessão entregamos tudo funcionando e em boas condições para a mineradora. Hoje estamos assumindo a Estrada de Ferro e praticamente nada está operando. Portanto, vamos buscar na Justiça a reparação desses danos”, concluiu.
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