Um ano após Governo gerenciar toda a crise, indiciados pelo naufrágio do Anna Karoline III aguardam julgamento
A Polícia Civil do Amapá indiciou seis pessoas, entre elas o comandante da embarcação e dois militares da Marinha do Brasil.
Seis pessoas foram indiciadas pelo naufrágio
A Polícia Civil do Amapá, através da 1ª Delegacia Santana, indiciou seis pessoas pelo naufrágio do navio Anna Karoline III, que vitimou 42 pessoas em fevereiro do ano passado. O inquérito policial foi concluído em maio do ano passado. Agora o processo está agora sob a responsabilidade da Justiça Federal para julgamento.
De acordo com o delegado responsável pelo inquérito, Victor Crispim, foram responsabilizadas o comandante da embarcação, um tripulante, um despachante, dois militares da marinha do Brasil e o proprietário da embarcação que fazia o abastecimento do Anna Karoline momentos antes do naufrágio.
Conforme o inquérito, o comandante do Anna Karoline foi indiciado por homicídio doloso em concurso formal; os militares da Marinha, também por homicídio doloso em concurso formal; o despachante por falsidade ideológica; o dono da embarcação Albatroz, que fez o abastecimento em lugar indevido, foi indiciado por crime contra ordem econômica; e o tripulante do Anna Karoline por falso testemunho.
O delegado Victor Crispim explicou que, com a conclusão do inquérito, a Justiça Federal pediu para julgar o processo por entender que o crime aconteceu em um navio e por ter dois militares da Marinha do Brasil acusados.
"É importante ressaltar que as perícias realizadas, tanto pela Polícia Técnico Científica (Poliitec) quanto pela Marinha do Brasil, concluíram que a causa determinante para o naufrágio foi o excesso de carga. Outra perícia feita pela Marinha concluiu que houve a adulteração na marca de Plimsoll - que é uma marcação pintada no casco dos navios mercantes que indica o limite de até onde o navio pode ser carregado", detalhou o delegado.
Segundo o delegado, o correto seria essa marca está a 18 metros da proa do navio. A perícia da marinha concluiu que estava a 15 metros. Essa adulteração segundo a investigação, pode ter ocorrido justamente para driblar o excesso de carga.
“Inclusive, o laudo da Marinha aponta que o local aonde era pra estar esse disco de Plimsoll, estava uma placa de solda", relatou o delegado.
O delegado ressaltou que por se tratar de um acidente que teve repercussão nacional, houve uma dedicação exclusiva de toda a equipe da 1ª DP de Santana para a elucidação das causas e consequentemente se chegar aos responsáveis.
Reflutuação
O Governo do Estado também custeou a operação de reflutuação do navio, possibilitando às equipes de buscas encontrarem mais cinco corpos. Em seguida o navio foi enviado ao estaleiro da empresa. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou, ainda em 2020, com uma ação na Justiça requerendo o reembolso dos valores que custearam as despesas com a reflutuação. O custo da operação foi de R$ 2,4 milhões.
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