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Equatorial Energia assume concessão pública do setor elétrico no Amapá

Concessão terá duração de 30 anos. Empresa deverá realizar investimentos imediatos na melhoria da distribuição de energia no estado.

Por Redação
25/06/2021 19h11

O evento aconteceu na sede da B3 e foi realizado pelo Governo do Estado e BNDES.

A concessão do setor elétrico do Amapá foi comprada nesta sexta-feira, 25, pela empresa Equatorial Energia, por meio do leilão de desestatização da Companhia de Eletricidade do Amapá. O evento ocorreu na sede da B3 (antiga BM&F Bovespa) e foi realizado pelo Governo do Estado e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A empresa foi a única a dar lance na sessão pública. A concessão de serviço público é pelo período de 30 anos. A nova administração deve ocorrer até dezembro. A Equatorial já atua no setor em outros estados do Norte e Nordeste, como de Alagoas, Maranhão, Pará e Piauí, e também tem importante participação no capital da Termoelétrica Geranorte, e adquiriu a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE D) do Rio Grande do Sul em março.

O diretor-presidente da Equatorial Energia, Augusto Miranda da Paz Júnior, destacou que a empresa já está atuando no plano de investimentos que devem ser realizados de imediato para melhoria da distribuição de energia nos 16 municípios do Amapá.

"Desde o primeiro dia vamos trabalhar duro para garantir energia de qualidade, em quantidade para suportar o crescimento do estado. Vamos fazer os investimentos necessários e prudentes para suportar esse crescimento", reforçou.

A desestatização faz parte da adesão do Amapá ao Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Governo Federal. A iniciativa consiste na concessão de serviços públicos para reaquecer a economia, em recessão, e estimular a criação de empregos.

"Enquanto governo, enxergamos de forma muito positiva a chegada da Equatorial no Amapá, uma vez que isso vai representar a melhoria do serviço de distribuição, geração de novos empregos. Isso traz impactos positivos em nossa economia", disse o secretário de Estado do Planejamento, Eduardo Tavares.

O diretor-presidente da CEA, Marcos Pereira, explicou que agora o Estado passará a ser agente regulador no processo de distribuição de energia e que, junto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), acompanharão as tratativas referentes à tarifa de energia.

"O processo de revisão tarifária é bem descrito, com participação da Aneel e o Estado contará também com uma agência reguladora, fiscalizando essa empresa e possibilitando que qualquer impacto econômico sobre a tarifa possa ser bem discutida, não impactando o consumidor", acrescentou.

Investimentos
O novo controlador deverá fazer um aporte de capital de R$ 400 milhões e assumir passivos precificados em cerca de R$ 1,1 bilhão. Além disso R$ 500 milhões devem ser investidos nos cinco primeiros anos de concessão.

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