Detran e Polícia Civil desarticulam organização criminosa suspeita de fraudar emissão de CNH
Nova fase da operação Carta Fria foi deflagrada nesta segunda-feira, 26; cinco pessoas foram presas.
Delegado responsável pela investigação e diretor-presidente do detran em frente a casa de um dos autuados pela operação
Em cooperação com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AP), a Polícia Civil do Amapá cumpriu nesta segunda-feira, 26, mandados de prisão preventiva contra cinco suspeitos de participarem de um esquema que fraudava emissão de carteiras de habilitação. Entre os investigados está uma agente pública temporária que atuava no Detran/AP.
A ação é um desdobramento da operação Carta Fria, realizada em dezembro de 2020, após denúncia protocolada junto à Corregedoria do Detran/AP e investigação interna do órgão, que apontou um “braço” desse esquema dentro no departamento.
Foram 75 carteiras de habilitação emitidas de forma fraudulenta em 2020, todas para brasileiros, falsamente identificados como estrangeiros e com dados fraudados inseridos pela funcionária responsável pelo setor de registro.
“Realizamos a auditoria e os mecanismos de defesa dos nossos sistemas acusaram a fraude. As evidências reunidas até agora são referentes ao ano de 2020 e já iniciamos a coleta de dados referentes aos demais períodos relacionados a atuação dessa servidora, que foi exonerada ainda na primeira fase dessa operação”, declarou o diretor-presidente do Detran, Inácio Maciel.
De acordo com as investigações, o esquema atuava de forma complexa e vascularizada, com a participação de agentes públicos, despachantes clandestinos e agenciadores que intermediavam a compra das CNHs fraudadas.
A operação contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina para a prisão de um dos suspeitos, residente em Balneário Camboriú, e apontado pelas investigações como o "cooptador" dessa organização criminosa.
“O suspeito encabeçava o esquema, identificando pessoas que não logravam êxito nas provas e também foragidos da justiça. A organização também contava com o apoio de uma outra agente pública, dos Correios, que agia na distribuição desses documentos”, disse o delegado Estéfano Santos, que conduz o caso.
Os envolvidos podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de participação em organização criminosa, falsidade ideológica e corrupção passiva e ativa.
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