Amapá e Guiana discutem propostas para enfretamento de doenças vetoriais e crônicas

Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, foram temas discutidos durante o primeiro dia da Semana Saúde na Fronteira, que iniciou na segunda-feira, 13, e se estende até quarta, dia 15. O evento é organizado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com o propósito de fortalecer a cooperação entre os governos do Amapá e da Guiana Francesa.

Amapá e Guiana Francesa apresentaram propostas para o enfrentamento das doenças que têm vetor, o mosquito Aedes aegypti. Um dos planos que tem contribuído para a diminuição de casos das doenças, no lado francês, é a abordagem territorializada. "É um trabalho que tem dado certo. Nós fazemos campanhas educativas em regiões menos propiciais a epidemias e nas mais afetadas, além de educar, fazemos trabalho de combate", relatou Vanessa Ardillon, chefe de Epidemiologia da Célula Inter-regional de Epidemiologia (CIRE).

No Amapá, o que tem contribuído para o enfrentamento do vetor são as visitas domiciliares. “Com apoio do Exército e agentes de endemias, nós visitamos casa por casa, para também fazer trabalhos de conscientização e combate do vetor", disse Emanuel Bentes, coordenador de Vigilância Ambiental do Amapá.

Dentre as propostas apresentadas está a integração binacional e trasfronteiriça para que os governos tenham o mesmo protocolo de atividades no combate e controle das doenças.

Em 2014, foi assinado junto ao governo francês, uma declaração de intenções para a cooperação entre os dois países. Um dos itens desse documento é a saúde na fronteira. Por isso, no ano passado, ações práticas de combate aconteceram no município de Oiapoque.

Diabetes e hipertensão

O evento também discutiu propostas para outras duas doenças de maior índice em Oiapoque e Saint Geroges: o diabetes e a hipertensão. Uma das propostas apresentadas foi a promoção da saúde através do Programa Saúde na Escola e Saber Saúde, para oferecer um intercâmbio entre escolas. Para Fadiane Almeida, coordenadora da Rede Atenção às Doenças Crônicas, esse tema também precisava ser discutido. "Diabetes e hipertensão são doenças crônicas de maior impacto mundial e em um encontro como esse também tinha que ser discutido. Tenho certeza que daqui vão sair muitas coisas boas", concluiu.

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