Governo do Amapá aposta na pesca esportiva como atrativo turístico do estado
Reunião entre segmento de pesca e instituições marca início de parcerias para apoio ao setor. A modalidade tem como objetivo apenas a atividade esportiva; peixes são devolvidos à natureza.
O objetivo é estabelecer parcerias de apoio ao setor.
O Governo do Amapá aposta na pesca esportiva como atrativo para investir no turismo do estado. Trata-se de uma modalidade que busca a preservação ambiental, geração de emprego e crescimento econômico sustentável. Nesta quarta-feira, 15, a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) promoveu um encontro para que representantes do segmento pudessem expor os projetos direcionados ao ramo, além de ouvir as orientações trazidas pelos órgãos ambientais.
A modalidade tem como objetivo apenas a atividade esportiva que é fisgar o peixe, nunca para consumo ou comércio, mas pelo prazer de pescar. Assim, os pescados são devolvidos vivos à natureza, sem nenhum dano, inclusive físico. Há maneiras e objetos usados na pesca para que o animal não seja machucado. Normalmente, os pescadores medem, pesam e fotografam o peixe antes de devolvê-lo à água.
O objetivo do encontro foi estabelecer parcerias de apoio ao setor. Estiveram presentes representantes da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (SEMA), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Associação de Guarda-Parques do Amapá (AGPA).
Para o pescador esportivo William Rocha, iniciar parcerias com o Governo do Estado é de extrema importância para que a atividade ganhe força.
Segundo William, um dos maiores diferenciais que o Amapá pode apresentar para o ramo de pesca esportiva é o fato de ser o único estado brasileiro em que a prática pode ser feita em todos os dias do ano, tornando a região local em um grande potencial turístico, de renome amazônico e nacional.
“Temos um grande potencial no estado para a pesca esportiva e precisamos explorar isso. Hoje estou aqui para aprender como gerenciar novos projetos, tendo todos os respaldos possíveis, e que seja de maneira consciente, social e sustentável”, concluiu.
Durante o diálogo, foi ressaltada pelas instituições a necessidade de haver um mapeamento dos rios que estarão envolvidos no circuito de pesca esportiva. O intuito é fazer com que a modalidade seja promovida no estado através desse roteiro, que poderá ser utilizado como modelo pelas agências que queiram fomentar projetos no segmento. Além da catalogação indicar áreas fora de reservas de conservação.
Outro ponto orientado na reunião, é que haja um plano de inclusão e capacitação para as comunidades que vivem nos arredores onde a pesca esportiva será realizada. Segundo o coordenador de Estudos, Educação Ambiental e Acervo da SEMA, Newton Marcelo, o protagonismo das atividades deve ser direcionado à comunidade, para que essa possa ter formação adequada para receber o turista.
“Nossa visão como Estado é estabelecer uma articulação para que a iniciativa privada venha a gerar uma economia local, e com isso, também despertar na comunidade essas ações, percebendo que é um serviço que vai gerar renda e agregar valor”, ressaltou.
O próximo passo será mapear comunidades para que o diálogo possa ser aberto e alinhado com a população sobre os projetos de pesca esportiva no estado.
“Queremos fomentar a pesca esportiva dentro do Amapá de maneira organizada, com o diálogo entre as comunidades, e estar junto delas também é um foco nosso, porque foi onde nascemos, do contato com os ribeirinhos, com os pescadores. Eu sou pescador esportivo desde os 3 anos de idade”, concluiu o articulador no ramo, Rafael Guedes.
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