Amapá Cacau: Comitiva amapaense visita propriedades e cooperativa cacaueiras no Pará
Um dos projetos que mais cresce em relação a produção de cacau está no município de Tomé-Açu, distante cerca de 200km, de Belém/PA.
A comitiva do Amapá esteve no município paraense de Tomé Açu, um dos maiores produtores de cacau da região
A comitiva coordenada pelo Governo do Amapá continua trabalhando no Pará visando a organização do Programa Amapá Cacau. Os membros da comissão visitaram nesta quarta-feira, 28, uma fazenda modelo na produção de cacau no Pará e a Cooperativa Mista de Tomé-Açu (CAMTA), que trata das ações administrativas da produção cacaueira na região.
O objeto das visitas é acompanhar in loco a cadeia produtiva que vai desde o plantio até a organização para vender o produto e seus derivados. A propriedade e a cooperativa ficam localizadas no município de Tomé-Açu, cerca de 200km de Belém/PA.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural do Amapá (SDR), Janner Gazel, a visita faz parte do planejamento do Programa Amapá Cacau. Nessa etapa, os produtores repassarão as técnicas e os conhecimentos para os amapaenses sobre a produção do cacau.
“Esses locais serão o exemplo e a inspiração para o plantio de cacau no Amapá. Eles vão contribuir para o desenvolvimento da cadeia cacaueira no estado", destacou.
Visando uma política mais ampla para o estado e usando a agricultura, o deputado Jesus Pontes observou que através do trabalho no campo o Amapá deverá alavancar o setor primário no estado.
“Estamos pensando numa nova fronteira para o Amapá e o setor primário através do cacau. Poderá abrir mais um caminho para que os nossos produtores possam ter mais uma opção econômica de Desenvolvimento”, declarou.
Um exemplo de produção dentro dos métodos adotados pelo Pará é a fazenda konagano, que possui cerca de 800 hectares de área produtiva, sendo que 230 são destinados para agrofloresta dos quais 165 hectares são para o cacau e ainda reúne 50 colaboradores.
O proprietário Michinori Konagano falou sobre a disponibilidade em levar assistência ao Amapá.
“Muito bom observar que o Amapá está interessado em investir no cacau, pois é um setor que tem mercado e em pouco tempo garante excelentes dividendos financeiros ao produtor", disse.
Em todas as safras a fazenda consegue produzir 160 toneladas de cacau e cerca de 100 toneladas são destinadas para exportação. O Japão atualmente é o maior comprador de cacau desta propriedade.
Com as conversações adiantadas agricultores e técnicos locais receberão nos próximos meses treinamento para a produção cacaueira na área centro-oeste do Amapá.
Somente a região de Tomé-Açu possui cerca de 4 milhões de pés de cacau. Isso gera cerca de mil toneladas por ano e destas 450 mil são exportadas gerando uma receita de cerca de R$ 30 milhões.
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