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‘Chegou em boa hora’, diz pescador sobre a água potável distribuída pelo Governo do Amapá no Bailique

Envio de balsas abastecidas de água tratada para o arquipélago é uma das medidas do Estado para amenizar a crise causada pela salinização do Rio Amazonas.

Por Redação
27/10/2021 18h20

Pescador Edcarlos Pereira conseguiu abastecer a caixa d\'água da família.

A comunidade São Pedro é uma das áreas do Bailique mais afetadas pelos impactos causados com o avanço do mar sobre o Rio Amazonas, o que causa a salinização da água, tornando-se imprópria para consumo. Essa localidade é lar do pescador Edcarlos Pereira, de 52 anos, um dos beneficiados durante a distribuição de água potável, coordenada pela força-tarefa do Governo do Amapá.

“Que bom que essa ajuda chegou até aqui, nós precisamos muito da água, que veio em uma boa hora. Tô feliz e nós agradecemos”, disse o pescador, que conseguiu abastecer a caixa d'água da família.

Já foram enviados, por meio de balsas, 200 mil litros de água tratada. Mais 300 mil litros ainda serão levados ao arquipélago nos próximos dias, como medida emergencial adotada pelo governo. Estratégias para garantir o fornecimento definido do produto no Bailique já estão em andamento.

Outra área bastante atingida pelo fenômeno natural é a comunidade Carneiro, onde mora a dona de casa, Maria de Lurdes da Silva, de 57 anos. Ela lembra do sufoco quando a população percebeu que a água salgada não era imprópria somente para consumo, como também para ser utilizada até nas atividades mais básicas do dia a dia.

“Estávamos sofrendo com essa situação. É muito difícil usar essa água do rio, a gente sofre muito. Agora veio a água doce e a gente agradece. Vou poder bater açaí, lavar roupas, tomar banho e também beber”, comemorou a dona de casa.

A agricultura Delma Campos conta que viu a produção de cebolinhas ser gravemente prejudicada com a irrigação de água extraída do rio. Ela destaca, ainda, que a crise causou mudanças em diversas situações na rotina dos moradores do arquipélago.

“É muito ruim essa situação porque a água salgada não serve pra nada. Se tomar banho, dá coceira. Se beber, dá diarreia. A água também faz com que a cebolinha fique fina e amarelada, até isso afeta”, lamentou Delma.

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) enviou um sistema de filtragem para auxiliar, temporariamente, na manutenção da qualidade da água. A ação acompanha a distribuição dos 500 mil litros do produto tratado como medida emergencial.

“Eu tinha que ir em outras regiões muito longe para buscar água. E agora chegou água de qualidade aqui, mais perto da gente”, relatou o morador, Edson Pantoja, de 51 anos, que foi beneficiado com o abastecimento.

Monitoramento de crises

Desde 2015 um grupo de trabalho permanente é comandado pela Defesa Civil Estadual, que com apoio de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Iepa) e outras instituições, monitoram outro fenômeno natural chamado "Terras Caídas", que causa erosões com desmoronando das margens do rio e atinge estruturas como casas e pontos comerciais. Essa frente de trabalho reúne estudos e prestam assistência à população da região afetada.

A Defesa Civil e o Iepa conduzem, ainda, um trabalho de fotos georreferenciadas das comunidades para levantar informações sobre como as estruturas do arquipélago têm sido afetadas pelos fenômenos da erosão (Terras Caídas) e a salinização. Os registros incluem dados precisos de localização geográfica. O levantamento será fundamental para desenvolver novas políticas públicas voltadas para o Bailique, de acordo com as mudanças que região atravessa.

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