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Governo do Estado e município se unem para potencializar ações de amparo aos moradores do Distrito do Bailique

Defesa Civil Estadual orientou órgãos municipais sobre tratativas documentais e operações de abastecimento de água.

Por Redação
29/10/2021 09h28

Ponto principal da crise no Bailique, o acesso à água potável tem sido o foco dos esforços empregados pelo governo.

Uma força-tarefa do Governo do Amapá reuniu-se com equipes da Prefeitura de Macapá nesta quinta-feira, 28, para potencializar as ações de amparo aos moradores do Distrito do Bailique atingidos pela salinização da água. Além das estratégias para aumentar o abastecimento de água potável, o Estado orientou o município sobre os processos documentais em andamento para viabilizar os recursos federais necessários.

O alinhamento aconteceu no escritório central da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa), e foi presidido pela Defesa Civil Estadual. Estiveram presentes representantes das Secretarias Municipais de Articulação Institucional (Semai), Mobilização e Participação Popular (SMMPP), e Defesa Civil Municipal.

Ponto principal da crise no Bailique, o acesso à água potável tem sido o foco dos esforços empregados pelo governo. O Estado tem distribuído água tratada e potável para consumo das famílias locais em carregamentos de 100 mil litros enviados por balsa. O líquido possui todos os requisitos de qualidade, que são reforçados pela desinfecção dos reservatórios da embarcação de transporte e a instalação de um filtro para descarga do produto nos recipientes dos moradores.

Para aumentar a capacidade de reserva da água a médio e longo prazo, o governo já providencia a aquisição de 2,2 mil caixas d’água de dois mil litros para que cada família possa não só receber a água enviada da capital, como também para a reserva de água futuramente, ao fim do período de estiagem, quando espera-se que o rio avance, e a salinização recue.

“É importante frisar que a água distribuída neste momento é para fins de consumo e preparo de alimentos. Por isso é importante que as famílias tenham mais espaço para armazená-la, diminuindo assim a quantidade de viagens da balsa de abastecimento, que demanda muita logística e tempo”, explicou o diretor presidente da Caesa, Valdinei Amanajás.

De acordo com a Companhia, a região do Bailique tem um alto volume de chuvas, o que viabiliza também a utilização dessas caixas distribuídas para a captação de água da chuva, conforme modelo já em utilização em outras localidades, como o Distrito do Sucuriju, no município de Amapá.

Estado de Calamidade

O comandante da Defesa Civil Estadual, coronel Wagner Coelho,explicou à equipe da Prefeitura de Macapá sobre as tratativas documentais que já estão sendo providenciadas pelo governo para o estabelecimento de estado de calamidade pública.

Segundo Coelho, por se tratar de um fenômeno ainda não preconizado no código de desastres, é necessário que a salinização dos rios seja cientificamente documentada e comprovada para que o Governo do Estado encaminhe a solicitação ao Governo Federal, que aprovará ou não o pedido para mobilização de recursos emergenciais.

“Estamos com equipes trabalhando em diversas frentes para providenciar toda a documentação exigida pelo governo federal em casos atípicos como estes. Com a calamidade reconhecida, abre-se portas para que possamos arcar com soluções mais efetivas para superarmos esta adversidade que atinge o arquipélago”, explicou Wagner.

Cooperação

Os executivos estadual e municipal iniciaram as tratativas para ações conjuntas no âmbito da saúde e economia local, além de alinharem os cronogramas de auxílio para as comunidades do Bailique, evitando que haja desigualdade no recebimento de ações e auxílios.

Emanuel Bentes Monteiro, subsecretário de Mobilização e Participação Popular, afirmou que este alinhamento traz um benefício mútuo para os órgãos envolvidos no apoio ao Distrito do Bailique.

“Os moradores do Bailique passam por extrema dificuldade, e essa sincronização entre prefeitura e governo tem como objetivo maior unir esforços para levar água de boa qualidade para a população ribeirinha”, concluiu o gestor.

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