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Encontro dos Tambores: grupos de Candomblé se apresentam no 2º dia do evento apoiado pelo Governo do Amapá

A programação afro-religiosa “Especial Tambores do Candomblé” mostrou ao público do evento como são as rodas de batuques, no mês da Consciência Negra.

Por Redação
19/11/2021 00h53

O evento é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA), com apoio do Governo do Estado, através das secretarias estaduais de Cultura (Secult) e de Políticas para Afrodescendentes (Seafro).

Nesta quinta-feira, 18, aconteceu o segundo dia de programação do Encontro dos Tambores 2021, no Centro de Cultura Negra (CCN), em Macapá. Na 26ª edição, a festividade traz como tema “Ancestralidade e Resistência”, com programação até o dia 2 de dezembro, Dia Estadual do Samba.

O evento é realizado pela União dos Negros do Amapá (UNA) com apoio do Governo do Estado, através das secretarias estaduais de Cultura (Secult) e de Políticas para Afrodescendentes (Seafro).

O Estado entra com a estrutura de palco, som e iluminação, além do pagamento dos cachês artísticos das apresentações, com os grupos e atrações devidamente credenciadas através do Edital 001/2021-Secult.

Como comemoração do mês da Consciência Negra e do Dia Nacional de Combate ao Racismo, grupos de candomblé se apresentaram em roda, com a presença marcante do público. No total da programação, são 35 grupos de marabaixo, dez de matriz africana, dez de capoeira, sete de artes visuais, quatro atrações regionais e oito grupos de samba.

O jovem Nicolas Vinicius, de 20 anos, praticante há 10 anos da casa do Pai Augusto de Candomblé, Ilê Axé Ofá Logunedé, afirma que busca conscientizar as pessoas sobre o preconceito e a intolerância religiosa.

Representando a casa do Pai Augusto, que atualmente, possui 12 filhos de santo, Nicolas é um Ogã, função que cuida dos atabaques e da ponte espiritual com as entidades na roda de batuques.

“Sou ogã, tenho a função de abrir e tocar os atabaques, de cuidar do ritmo e chamar os orixás, sou aquele que reza e toca para chamar os orixás. A apresentação do nosso grupo quer levar ao público o que é nossa religião e desmentir os comentários maldosos, por isso viemos mostrar o que realmente é o candomblé”, disse.

Do mesmo grupo, o jovem amapaense, Cristian Aldrin, de 19 anos, deixou uma mensagem aos jovens que buscam conhecer melhor as religiões de matriz africana.

“Eu tive a oportunidade de aprender com meu pai as tradições, fui conhecendo aos poucos e me aprofundei nos fundamentos, assim me apaixonei pela minha religião. Digo para qualquer jovem que queira conhecer mais sobre a religião, que primeiramente deve-se pesquisar, procurar mais informações, além de não fazer piadinhas com pessoas de branco, pois é algo desconfortável. Já para os praticantes, não tenham medo de mostrar que você é candomblecista”, afirmou.

Com um público diversificado entre crianças, jovens, adultos e idosos, também teve a presença de curiosos, como a doutora em educação, Leyla Santana, de 42 anos, historiadora de Aracajú, no Sergipe. De passagem para participação em concurso público, a visitante aproveitou a folga para conhecer mais sobre as tradições de matriz africana na região norte.

“Sou simpatizante e tenho muita curiosidade sobre as religiões de matriz africana na região norte, já percorri alguns estados do nordeste e sul do brasil, onde vi como são as tradições. Faltava conhecer melhor o norte e por isso estou aproveitando a oportunidade de ver o Candomblé”, ressaltou.

Programação

19/11 (sexta-feira):

18h - Desfile de moda Afro Infantil;

19h - Concurso Mais Bela Negra, Mais Belo Negro e Beleza Diversidade;

21h - Grupo Kazumba Akele (Poesia);

23h - Show com Mayara Braga;

VEJA PROGRAMAÇÃO COMPLETA AQUI

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