Primeiro cateterismo cardíaco infantil é realizado com sucesso no Amapá
Bebê de sete meses já está em casa. Procedimento foi possível por meio do convênio entre a Sesa e o Hospital São Camilo
O procedimento que durou aproximadamente uma hora e meia foi considerado um sucesso pelo médico cardiologista intervencionista, Rogério Miranda, responsável pelo procedimento.
“A equipe pediátrica do Amapá propôs a realização deste tipo de procedimento e tudo aconteceu como planejado. Com o cateterismo, foi possível corrigir uma obstrução na válvula cardíaca e o bebê passa bem”, informou.
Rogério Miranda disse ainda que o procedimento é um método de tratamento por cateterismo, minimamente invasivo e de rápida recuperação. Joaquim recebeu alta no fim da manhã de domingo, 26, 24 horas após a intervenção.
Para a avó, Dona Rute Trajano, a determinação e o apoio de todos os envolvidos foi fundamental para a realização do procedimento. “É o meu primeiro neto, imagina nossa aflição e agora felicidade. Ontem quando liguei para a mãe dele, ela disse que o Joaquim parecia ‘siri na lata’ de tão agitado. Só posso agradecer a todos os envolvidos e que o processo se estenda a outras crianças”, enfatizou.
A partir da assinatura do convênio entre a Sesa e o Hospital São Camilo, alguns procedimentos para correção de cardiopatia congênita passam a ser realizados aqui no Estado. Isso vai gerar economia de gastos com Programa de Tratamento Fora Domicilio (PTFD) - que envolve deslocamento com UTI aérea, passagens em vôos comerciais e auxílio financeiro - e dará maior comodidade aos pacientes e familiares que não precisarão se deslocar para outros centros em busca de tratamento.
Poucos procedimentos desta ordem foram realizados no Amapá. Este é o primeiro pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todos os bebês diagnosticados com cardiopatia congênita eram encaminhados para o PTFD.
“Estamos garantindo aos usuários assistência de qualidade e resolutiva no atendimento especializado em cardiopatia congênita. Nosso empenho não encerra com a parceria junto ao Hospital São Camilo. Agora, trabalhamos para nos tornar independentes neste atendimento, com a aquisição de aparelhos cardiológicos para as UTIs neonatal e pediátrica”, finalizou a secretária de Saúde, Renilda Costa.
A doença
A cardiopatia congênita afeta anualmente 130 milhões de recém-nascidos no mundo e, no Brasil, estimativa apresentada no último Congresso Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular aponta para o nascimento de 21 mil crianças cardiopatas por ano, isso significa que a cada 100 bebês, um nasce com alguma anomalia estrutural do coração.
A cardiopatia congênita é a terceira causa de mortalidade infantil no período neonatal (até 28 dias). O levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCC) aponta que 35% das crianças que precisam de atendimento especializado em cardiopatia congênita morrem na fila de espera por cirurgias.
De acordo com a SBCC, o Brasil possui apenas 20 centros capacitados para realizar procedimentos cirúrgicos na área. O número é considerado muito aquém da necessidade do país.
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