Fortaleza de São José receberá R$ 30 milhões em investimentos e é candidata a Patrimônio da Humanidade

Recursos do BNDES e Tesouro Estadual farão da Fortaleza importante complexo turístico e museológico do estado.

Nesta sexta-feira, 4, dia do aniversário de 264 anos de Macapá, o Governo do Estado instituiu mais um importante avanço na valorização histórica e desenvolvimento do Amapá ao firmar, com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Associação Pró Cultura e Promoção das Artes (APPA), o contrato para conservação, revitalização e requalificação da Fortaleza de São José de Macapá e seu entorno.

Serão mais de R$ 30 milhões investidos, com recursos do BNDES e do Tesouro Estadual, na maior fortificação construída pelos portugueses na América do Sul durante o período colonial, tombada e indicada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para receber a outorga do título de Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

“Além de tantos investimentos importantes já realizados em infraestrutura, saneamento, distribuição de energia e a recente parceria na gestão de resíduos sólidos, avançamos com o BNDES também na área cultural. Isto vai gerar não somente reconhecimento histórico, mas sobretudo, oportunidades de negócios e desenvolvimento econômico”, observou o governador do Amapá, Waldez Góes.

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O projeto também foi incluído no Programa Resgatando a História, lançado pelo Banco em 2021 para a captação de recursos da iniciativa privada. O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, reafirmou a importância deste que é o maior apoio já feito pela instituição a um patrimônio histórico na região norte.

“Quando pensamos no que queremos para as gerações futuras, o melhor é olhar para o passado. A restauração de patrimônio histórico está no centro da nossa agenda de sustentabilidade, que envolve pessoas, cultura e meio ambiente. E para que seja duradouro, é um investimento que precisa gerar emprego, renda e visitação”, reafirmou Montezano. 

O projeto será executado pela APPA, organização sem fins lucrativos e que objetiva contribuir para o desenvolvimento socioeconômico por meio de iniciativas culturais. Estão previstas obras desde a recuperação das estruturas e construções da Fortaleza até a adaptação de espaços para atrair empreendimentos como restaurantes, além da revitalização do paisagismo.

“Temos uma série de projetos arquitetônicos, de restauro, luminotécnico e paisagístico para serem implantados, para que a Fortaleza de São José seja uma peça fundamental para uma série de outros ativos culturais, com potencial de geração de riqueza, que o Amapá detém”, explicou o presidente da APPA, Felipe Xavier.

Patrimônio Histórico e Cultural

Única fortaleza do Brasil e a maior construída pelos portugueses na América do Sul, durante o período colonial, a Fortaleza de São José de Macapá foi construída no período de 1764 a 1782 para proteger as fronteiras do Cabo Norte, como era conhecido à época o território que viria a ser o Amapá.

Reconhecida como uma das "Sete Maravilhas do Brasil", concurso promovido pela Revista Caras e Banco HSBC em 2008, a Fortaleza de São José é um dos 19 monumentos históricos de defesa do sistema colonial e imperial implantado no território brasileiro, que garantiram a definição das fronteiras marítimas e fluviais do Brasil, integrantes do “Conjunto de Fortificações Brasileiras”.

Desde 2017, o Governo do Amapá juntamente ao IPHAN já trabalhava com seus  técnicos a fim de cumprir os requisitos necessários para a inscrição da Fortaleza para concorrer ao título de Patrimônio da Humanidade, outorgado pela UNESCO.

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