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Calendário do plantio da mandioca pode mudar para evitar prejuízos a produtores rurais

Governo do Amapá, Embrapa/AP e o Ministério da Agricultura discutem a reorganização do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

Por Weverton Façanha
15/02/2022 14h30

Encontro reuniu agentes públicos e técnicos da agricultura para discutir o período do plantio da mandioca no Amapá.

O Governo do Amapá em parceria com a Embrapa/AP e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), reuniram nesta terça-feira, 15, para apresentar e reorganizar o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que é como calendário agrícola do estado. A ação é voltada para o plantio da mandioca e o encontro ocorreu de forma online e presencial, na sede da Embrapa/AP.

A Zarc tem o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio de mandioca nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares, ou seja, o calendário aponta qual o melhor período de plantio da espécie no Amapá, de modo a evitar que coincida com época de chuvas excessivas o que pode comprometer o desenvolvimento inicial e rendimento da cultura.   

Em 2020 o Mapa havia aprovado a Zarc da mandioca no estado, entretanto técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Instituto de Extensão, Assistência e Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) e da Embrapa, constataram a necessidade da realização de ajustes nos períodos indicados para o plantio da cultura.

De acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural, Janner Gazel, a medida é importante para toda a cadeia de cultivares do Amapá, mas a mandiocultura, nesse momento, necessita de uma grande atenção.

“Isso que estamos tratando vai nortear nossa produção de mandioca e, desta maneira, o produtor saberá qual o melhor período para plantio em cada localidade. É um grande avanço e isso, também, tem o sentido de evitar grandes perdas”, destacou.

Os direcionamentos das técnicas da Zarc, além de direcionar produtores, também é usado por agentes financeiros, pois, durante o processo de um financiamento é criado um seguro, para aqueles agricultores que possam ter prejuízos em situação de eventos climáticos.

“Usando o direcionamento da Zarc, aprovada pelo Mapa, os produtores que buscam financiamento em bancos também se resguardam de perdas por problemas gerados pelo clima. Com isso, a ação desses estudos direciona várias vertentes da produção de mandioca”, informou o diretor-geral da Embrapa/AP, Claudio Almeida.

Com a apresentação do material, agora caberá a Secretaria de Política Agrícola do Mapa, aprovar ou não, através de portarias, as devidas mudanças pleiteadas pelos agentes da cadeia produtiva do Amapá.

O Estado já possui diversas Zarcs de cultivares diferentes como algodão herbáceo, amendoim, arroz irrigado, banana, cacau, citros, feijão-caupi, girassol, mamona,  maracujá, melancia, milho, milheto, soja, sorgo granífero, sorgo forrageiro, grão de bico e consórcio braquiária-milho.

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