Bombeiros do Amapá vão atuar em operações de busca em Petrópolis, no Rio de Janeiro
Equipe é formada por um cão farejador e 10 militares especializados em resgate e salvamento.
Delegação do Amapá é especialista em operações com estruturas colapsadas, resgate terrestre e busca de desaparecidos.
Um cão farejador e 10 militares do Corpo de Bombeiros do Amapá (CBM/AP), especialistas em buscas e salvamento, farão parte da força-tarefa de socorro às vítimas do desastre em Petrópolis, cidade da região serrana do Rio de Janeiro. A equipe se desloca para o estado nesta quarta-feira, 23.
O Comando-Geral do CBM/AP ofereceu apoio no domingo, 20, e na segunda-feira recebeu a confirmação do comandante de operações do Rio. A tragédia completou uma semana nesta terça-feira, 22, e até o momento, as mortes em decorrência das fortes chuvas que caem na região ultrapassam 180 pessoas, mais de 80 estão desaparecidas.
“Os militares que atuarão no local possuem as qualificações necessárias de salvamento, busca e operações em desastres. Devemos somar esforços e prestar apoio neste momento tão difícil”, disse o comandante da delegação, tenente Diego. O oficial integra a corporação desde 2013, que também é habilitado para salvamentos veicular e em altura.
O suporte principal para a cobertura de grandes áreas com vítimas desaparecidas são os binômios, dupla formada por um militar adestrador e um cão farejador. Na equipe designada a Petrópolis, essa dupla é formada pela soldado Alessandra Lopes, há 7 anos no Corpo de Bombeiros do Amapá, e a Jade, uma cadela da raça pastor-belga de 2 anos adestrada para ocorrências como a tragédia do Rio de Janeiro.
“A base de formação é de 1 ano 8 meses, entre adestramento, figuração para as buscas em mata, deslizamentos e soterramentos, buscas em escombros e de restos mortais”, explicou Lopes.
“Mas a relação com a Jade é de vínculo extremo e confiança absoluta. O trabalho com o cão é desde filhote e ele permanece com a gente, parte do treinamento é a vivência, o fortalecimento da nossa relação”, completou a soldado.
De acordo com o sargento, Edilson Barreiro, bombeiro militar há 13 anos, o relacionamento das equipes de resgate vai além do trabalho conjunto com os cães, requer também o cuidado com as famílias das vítimas.
“Muito além da busca de vítimas desaparecidas sob os escombros, o nosso trabalho é também emocional, de amparo às famílias, e darmos acalento a esse povo que sofreu terrivelmente com os efeitos dessa tragédia”, contou o sargento.
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