Travessia: Governo amplia programa para reduzir atraso e abandono escolar nas comunidades tradicionais
Implementada no Amapá em 2020, estratégia agora chega às escolas do campo, quilombola e indígenas
Programa visa reduzir a distorção idade/série e abandono escolar dos estudantes das comunidades do campo, quilombolas e indígenas, por meio de boas práticas nas escolas.
Nesta segunda-feira, 14, o Governo do Amapá lançou o Programa Travessia - Povos Tradicionais, com objetivo de reduzir a distorção idade-série e o abandono escolar dos estudantes das comunidades do campo, quilombolas e indígenas, por meio de boas práticas nas escolas.
Implantado no Amapá em 2020, o Travessia amplia sua ação no estado para manter o aluno na escola e melhorar os índices da educação amapaense. A estratégia foi construída a partir das recomendações do Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e será executada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed).
O Travessia - Povos Tradicionais atenderá 14 escolas com foco em estudantes dos 6º, 7º e 8º anos em situação de distorção idade-série, indicador que acompanha o percentual dos alunos com idade acima da esperada para série que estão cursando, por reprovação ou por abandonarem a escola nos anos finais do Ensino Fundamental.
Para isso, o programa vai promover o enfrentamento da cultura de fracasso escolar, por meio da construção de um currículo específico que possibilite aos estudantes oportunidades diferenciadas de aprendizagem e metodologias ativas.
O governador, Waldez Góes, ressaltou que, há alguns anos, o Estado trabalha estruturando agendas pedagógicas e políticas públicas entre Estado, prefeituras, parceiros e comunidade escolar, como a educação integral e o programa Criança Alfabetizada.
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“É preciso que toda a sociedade tenha maior percepção de que existem projetos pactuados, recursos aplicados e material produzido por professores amapaenses para a alfabetização na idade certa. Precisamos do engajamento da comunidade escolar neste processo”, afirmou Góes.
No Amapá, a taxa de distorção idade-série nos Anos Finais do Ensino Fundamental era de 37% dos 48.105 estudantes matriculados em 2020, desses 17.814 estudantes estavam em distorção idade-série, sendo a maior taxa no 6º ano, chegando a 40% dos matriculados. Na ocasião, o chefe do Executivo Estadual lembrou que a parceria com o Unicef ocorre em outras áreas também e os impactos da pandemia na Amazônia.
“O Unicef tem uma relação com o Estado de muitos anos nas agendas da criança, saúde e educação. Quanto mais forte for o trabalho na educação, mais evitaremos problemas em outras áreas. A Amazônia já era a região do país com mais vulnerabilidade social, se antes já exigia compromisso, agora, com a pandemia, exige mais esforço ainda”, ressaltou o governador.
Durante o evento de apresentação do programa, a chefe do Território Amazônico do Unicef, Judith Leveille reconheceu o trabalho em conjunto.
“Com esse projeto, podemos fazer uma grande diferença, por isso é importante que os gestores visitem todas as escolas da região e apoiem os professores, apoiem ações que incentivem o empoderamento comunitário, como o Travessias, articulado e implementado pelo Governo do Estado em parceria com o Unicef”, disse a representante.
Em 2021, a metodologia foi implementada em 7 escolas dos polos em Macapá, beneficiando 220 estudantes de 6 e 7 anos de idade, desses, 159 estudantes avançaram. De acordo com a secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, os avanços são resultados dos investimentos em uma educação profissionalizada.
“Estamos dialogando a implementação de programas importantes, construindo uma educação profissionalizada, com um dos propósitos que é alfabetizar na idade certa, além da educação integral, e a redução da distorção idade-série, com programas estruturantes cuidamos das nossas crianças e jovens para termos um Brasil e um Amapá melhor, investindo na educação”, disse a gestora.
Para a secretária municipal de Educação do município de Itaubal, Karla Cristina, o apoio do governo para avançar na educação é essencial.
“Não é fácil trabalhar a educação, principalmente com todas as dificuldades que enfrentamos, mas, junto com o Governo do Estado, estamos de mãos dadas para implementar essas medidas nos municípios”, disse a gestora.
Veja as escolas contempladas:
- E. JUVENAL GUIMARÃES TEIXEIRA
- E. PROF. JOSÉ RIBEIRO PONTE
- E. INDEPENDÊNCIA
- E. SÃO JOAQUIM DO PACUÍ
- E. EVILÁSIO PEDRO DE L. FERREIRA
- E. PROF. ANTONIA SILVA SANTOS
- E. JOSÉ FERNANDES DA SILVA
- E. FLORENÇA TORRES DE ARAÚJO
- E. OSVALDINA FERREIRA DA SILVA
- E. FRANCISCO DE OLIVEIRA FILHO
- E.Q.E JOSÉ BONIFÁCIO
- E.Q.E PROFº DAVI MIRANDA DOS SANTOS
- E.Q.E. TEXEIRA DE FREITAS
- E.Q.E.SANTO ANTONIO DO MATAPI
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