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Possibilidade de novos vendavais deixa órgãos mobilizados

Os ventos registrados foram de 74 quilômetros por hora, e em certos pontos atingiram velocidade de quase 100 quilômetros.

Por Redação
01/07/2016 09h11

O Governo do Estado do Amapá (GEA) continua mobilizado para possibilidade de novos vendavais, como o que atingiu os municípios de Macapá, Santana, Mazagão e Laranjal do Jari, no dia 23 de junho. Os ventos registrados foram de 74 quilômetros por hora, e em certos pontos atingiram velocidade de quase 100 quilômetros.

Segundo o Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (NHMET/Iepa), a previsão para os meses de julho e agosto, momento de transição entre o período mais e menos chuvoso no Estado, é de pancadas de chuvas intensas acompanhadas de ventos fortes. Baseado nas médias registradas nos anos anteriores, Jefferson Vilhena, meteorologista do núcleo, acredita que a velocidade dos ventos varie entre 20 e 27 quilômetros por hora, mas não descarta novos vendavais. Por isso, os órgãos de Defesa Civil permanecem mobilizados e monitorando a previsão do tempo.

“No dia 23 havia uma previsão de fortes chuvas acompanhadas de fortes rajadas de vento, mas com velocidade máxima de até 30 quilômetros por hora. O que vimos foi um evento extremo, que passou dos 70 quilômetros”, explicou o meteorologista, Jefferson Vilhena.

O vendaval provocou quedas de árvores, postes, antenas, outdoors, muros e paredes, destelhamento de casas, escolas e empreendimentos comerciais, entre outros danos materiais, como por exemplo, dezenas de automóveis atingidos principalmente pelas árvores que foram derrubadas. Apesar dos estragos não houve vítimas fatais, mas foi registrado um acidente por descarga elétrica.

Para atender todas as chamadas, o GEA, somando forças com a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) e órgãos municipais, formaram uma grande força-tarefa, que trabalhou intensamente por cinco dias. 

O posto de comando foi montado na sede da Coordenaria Estadual de Defesa Civil (Cedec), que concentrou todos os recursos, humano e material, além das informações que estavam sendo repassadas pelo Ciodes (Centro Integrado de Operações de Defesa Social). O Chamado da Defesa Civil acionou todo o efetivo, além de militares dos cinco Grupamentos de Bombeiro Militar, contando, diariamente, com 60 homens, entre os dias 23 e 28.

O relatório técnico da Cedec apontou que, só em Macapá, 178 ocorrências foram atendidas. A grande maioria relacionada a árvores que caíram em casas, redes elétricas ou interditaram ruas. Em Santana foram 46 ocorrências, sendo que a principal foi a queda de uma antena de uma emissora de televisão, que atingiu três casas, deixando as famílias desabrigadas. A empresa está prestando assistência às famílias. Em Mazagão e em Laranjal do Jari os danos foram na rede elétrica.

Os maiores estragos foram na rede de distribuição de energia elétrica que atende os municípios afetados. Segundo a CEA, cerca de 100 mil unidades consumidoras ficaram sem energia. A Companhia mobilizou funcionários de vários setores, contratou emergencialmente 40 eletricistas e contou com o suporte extra de equipes terceirizadas, visando reduzir o tempo de atendimento às ocorrências.

A CEA restabeleceu 90% dos circuitos afetados no início da noite de quinta-feira, 23, porém, a necessidade de recuperação de 320 vãos de cabeamento em baixa e alta tensão, a substituição de 18 transformadores e 30 postes, somadas ao número anormal de ocorrências, superou a capacidade de atendimento, impossibilitou o imediato restabelecimento do fornecimento de energia a cerca de 10 mil imóveis, o que ocorreu em três dias. 

Com base na logística empenhada no sinistro climático, até então nunca vivenciado no Amapá, durante esta semana o gabinete institucional do governador voltou a reunir com os órgãos de segurança, defesa e assistência social, secretaria das cidades, comunicação e companhia de eletricidade para o balanço dos danos causados no episódio e para traçar novos protocolos de atuação contínua em caso de outros sinistros desta natureza, como a aquisição de equipamentos, ações de segurança, reforço no atendimento médico e mecanismos de pronta resposta para a sociedade.   

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