Método Canguru: Governo capacita servidores de Macapá sobre cuidados com recém-nascidos prematuros
Atualmente, toda a estratégia é desenvolvida pelo Hospital Mãe Luzia. Objetivo é que a última etapa do atendimento aconteça nas UBS's.
O Governo do Amapá iniciou, nesta terça-feira, 5, a oficina ‘Método Canguru: Cuidado Compartilhado’, um projeto piloto que irá capacitar 60 profissionais de saúde de quatro Unidades Básicas (UBS's) de Macapá para aprimorar os cuidados com bebês prematuros e de baixo peso. O objetivo é descentralizar esse tipo de atendimento, que hoje é feito de forma exclusiva pelo Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML).
Após a avaliação da implantação do projeto nessas unidades, a ideia é ampliar a estratégia para os outros municípios, estimulando toda a família a frequentar as UBSs de forma preventiva, promovendo o cuidado à saúde e exercendo a cidadania.
O Método Canguru é um procedimento de amparo ao recém-nascido prematuro, internado em UTI Neonatal. O modelo de acolhimento é composto por estratégias de ação multiprofissional, com foco biopsicossocial. Os pais são direcionados a fortalecer o vínculo com o filho através do toque, na posição canguru, que consiste em segurar o bebê contra o peito.
Benefícios e etapas do Método Canguru
Entre os benefícios do método, estão: o aleitamento materno, o melhor desenvolvimento neurocomportamental e psico-afetivo do recém-nascido de baixo peso; estimulação sensorial adequada do bebê; e maior competência e confiança dos pais no cuidado com seu filho.
O método é dividido em três etapas. Na primeira, o bebê fica internado na unidade neonatal aos cuidados da equipe e os pais são estimulados a tocar e participar dos cuidados. Na segunda, a criança segue internada, podendo permanecer o dia todo em contato pele a pele com os pais.
Na terceira etapa, o bebê segue em acompanhamento na maternidade até completar 2,5kg. Com a capacitação dos profissionais dos municípios, o objetivo é descentralizar a última fase do Método Canguru, para que o acompanhamento da criança aconteça após a alta, por meio de visitas regulares às UBS's.
A responsável técnica pela área da saúde da criança da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Rosilene Valadares, explicou que a descentralização do serviço tem muitos benefícios, incluindo a diminuição do tempo de internação hospitalar do bebê, o que reduz o risco de exposição a infecções e dá maior rotatividade aos leitos neonatais, já que nesta etapa as crianças são acompanhadas apenas no desenvolvimento e ganho do peso.
“Após a alta hospitalar, continuará o acompanhamento com critérios médicos. Os bebês deverão ir para casa e serão encaminhados para atendimento ambulatorial nas UBSs de três em três dias em que eles serão observados, medidos e avaliados clinicamente”, disse.
A nutricionista Marcela Almeida, está participando da oficina e explicou que é uma chance de os profissionais trocarem experiências sobre os cuidados com bebês prematuros.
“O atendimento ao recém-nascido prematuro é diferente, precisamos estar capacitados para isso, o que vai ajudar as equipes a trabalharem de forma conjunta e enxergar as necessidades de toda a família, e não só do bebê”, ressaltou.
A oficina segue até sexta, 8.
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