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Amapá teve a maior taxa de geração de empregos do Brasil no 1º trimestre de 2022

São 2346 empregos com carteira assinada no período. Variação trimestral de 3,36% é maior que a do Brasil, que acumulou 1,51%.

Por Da Redação
29/04/2022 15h38

Apenas no primeiro trimestre foram gerados o equivalente a 44% de todo o saldo realizado em 2021, quando o Estado ainda enfrentou a 3ª onda da pandemia de covid-19.

O Amapá fechou mais um mês com saldo positivo na geração de postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) – dispositivo utilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para acompanhar a situação da mão de obra formal no Brasil.

Segundo o estudo, no mês de março, o Amapá registrou 1222 novas contratações com carteira assinada. O número representa uma variação relativa de 1,72% no mês, com ritmo de crescimento acima da média nacional, que foi de 0,33%.

No acumulado do ano de 2022, período do primeiro trimestre, o saldo de empregos já é de 2346. Com isto, a variação trimestral de 3,36%, 1.85% pp maior que a do Brasil, que acumulou 1,51%. Foi a maior taxa de variação do país no período.

Outra análise é do acumulado dos últimos 12 meses (abril/21 a março/22). Neste parâmetro, o saldo positivo é de 6.763 empregos, com uma variação de 10,34%, mais uma vez superior à média nacional, que fechou o período com positividade de 6,64%.

De acordo com o economista Antônio Teles, a dinâmica dos dados indica que a expansão do mercado de trabalho observada em 2021 continua ocorrendo. Apenas no primeiro trimestre foram gerados o equivalente a 44% de todo o saldo realizado em 2021, quando o Estado ainda enfrentou a 3ª onda da pandemia de covid-19.

Para o economista, ex-secretário de Planejamento do Estado, e atual secretário da Fazenda, Eduardo Tavares, o crescimento, ainda que inicial, já é um reflexo das ações do Governo do Amapá relacionadas à nova economia, principalmente concessões de água e saneamento, já no período, o setor de serviços teve o melhor desempenho no trimestre, 2.256 postos dos 2346 gerados em todo o Estado.

No início deste mês, o governador Waldez sancionou uma lei que garantiu o repasse de R$ 930 milhões do leilão do saneamento às prefeituras dos 126 municípios do Amapá.

SAIBA MAIS: Concessão do Saneamento: Waldez sanciona lei que destrava R$ 930 mi para os 16 municípios do Amapá

O Conselho de Gestão Fiscal está auxiliando e fiscalizando o planejamento da aplicação dos recursos provenientes da concessão dos serviços de saneamento básico nas 16 cidades. O governador Waldez já promoveu um primeiro encontro do dispositivo, que é formado por representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, com os prefeitos para demandar a destinação dos investimentos.

SAIBA MAIS: Conselho de Gestão Fiscal planeja aplicação dos recursos captados pela concessão do saneamento

Otimismo

Os economistas Teles e Eduardo estão otimistas em relação a criação de postos de trabalho no Amapá. Eles acreditam que a tendência é o saldo continuar positivo e crescente nos próximos meses, sobretudo em razão do novo modelo econômico que está sendo implantado pelo Governo do Estado, baseado no uso sustentável dos recursos e vocações naturais, respeitando o meio ambiente, para a geração de mais emprego, renda e qualidade de vida.

O Plano da Nova Economia está em andamento e visa impulsionar segmentos ligados à produção de alimentos, à concessão florestal sustentável, à energia renovável, ao turismo e à infraestrutura. Foi criado para o Amapá dar um salto econômico nos próximos 8 anos.

No plano constam ações para a mudança da base da economia amapaense de um modelo linear para circular, focado na captação de recursos e na economia verde.

Em uma etapa do Plano da Nova Economia, o Governo do Amapá e o Banco da Amazônia firmaram, em março, um Protocolo de Intenções que destina R$ 464,89 milhões em créditos para impulsionar o desenvolvimento econômico local ao longo de 2022.

Outro destaque que já está em prática o fomento para produção de energia renovável. Com investimento inicial de R$ 6 milhões, o programa Amapá Solar, coordenado pela Agência de Desenvolvimento do Amapá (Afap), vai ampliar a produção de energia renovável no estado.

O foco é o desenvolvimento do mercado, qualificação profissional e disponibilização de linhas de crédito a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, por meio da Afap e outros parceiros. O crédito já está disponível para pessoas físicas e jurídicas.

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