Governo do Amapá capacita rede de atendimento para identificar casos de câncer relacionados ao ambiente de trabalho
Oficina foi feita em parceria com o Instituto Nacional do Câncer e discute evidências sobre a exposição dos trabalhadores às doenças cancerígenas.
Em alusão ao mês de prevenção ao câncer de mama, o Governo do Amapá realizou, nos dias 20 e 21, a 1ª oficina de Vigilância do Câncer relacionado ao Trabalho no Amapá.
A ação é uma parceria com o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e a Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev).
Trata-se de uma oficina, organizada pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá, através do Núcleo de Vigilância em Saúde do Trabalhador (NVST/SVS).
Na programação, dois dias de atividades para discutir e buscar evidências sobre a exposição de agentes a cancerígenos no ambiente e processos relacionados ao trabalho. As atividades contaram com o apoio institucional da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A ideia é debater o processo de notificação da doença e estabelecer nexo causal com a exposição de profissionais a produtos e ambientes que representem risco à saúde.
O secretário de Estado de Saúde, Juan Mendes, destacou a importância do processo de vigilância dentro da rede de saúde que atende a população no Amapá e que é possível alcançar resultados promissores com a capacitação dos nossos profissionais.
“Temos capacidade de implementar essas notificações dentro da nossa rede e avançar nesse trabalho de prevenção, correlação e destinação de políticas públicas para o combate do câncer dentro do ambiente de trabalho. A vigilância desse processo deve ser fortalecida para que possamos alcançar os indicadores indicados dentro do Estado”, explica.
Também foram debatidas as estratégias epidemiológicas para combate do câncer relacionado ao trabalho, com propósito de reduzir o número de trabalhadores atingidos pelo problema. Os debates incluem a regularização do uso de equipamentos de proteção individual no ambiente de trabalho, políticas públicas voltadas ao trabalhador e a notificação dos casos identificados.
“O Amapá tem uma rede de saúde muito boa, mas que ainda não consegue realizar as notificações, o que não é simples. É necessário identificar os agentes causais, exposições que os trabalhadores tiveram durante o curso da vida e verificar a conexão entre causa e doença, estamos aqui para colaborar para a implementação desse trabalho”, explicou a responsável pela área técnica de Ambiente, Trabalho e Câncer do INCA, Ubirani Barros.
Entre os cânceres que mais comumente atingem o trabalhador, estão o câncer de mama, pulmão, bexiga e a leucemia. O câncer de pulmão, por exemplo, pode estar presente nas atividades de construção civil, transporte que utiliza diesel, indústria aeroespacial e metalúrgica, radiologia, entre outros.
O evento reuniu coordenadores de vigilância em saúde, Unacon, gestores de unidades hospitalares e público geral.
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