COP-27: Amapá e Emergent formalizam acordo que prevê até R$800 milhões por compensações ambientais
Estado é o primeiro do Brasil a adotar a iniciativa. Recursos devem ser utilizados em políticas públicas de desenvolvimento sustentável.
A formalização acontece no Egito, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP—27).
O Amapá e organização sem fins lucrativos Emergent Leaf assinaram um acordo que prevê ao estado cerca de R$800 milhões em compensações ambientais até 2030. Com a formalização, o Amapá, se torna o primeiro estado do país a adotar a iniciativa, que recompensa financeiramente os esforços pela redução do desmatamento e da emissão de gases de efeito estufa. A formalização acontece no Egito, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP—27).
O secretário de Estado do Meio Ambiente (Sema), Joel Nogueira Rodrigues, explica que o acordo possibilita futuras transações de créditos de carbono, que são incentivos para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados referentes à redução do desmatamento e emissões de gases de efeito estufa.
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“Os pagamentos feitos pela Emergent ao Amapá destinam-se a fornecer fundos para apoiar os compromissos contínuos do estado no desenvolvimento econômico sustentável, com prioridade para a proteção e a restauração florestal”, detalha o gestor.
Os créditos de carbono do Amapá, para o período de 2022 a 2030 ultrapassam 14,9 milhões de toneladas de CO² - cada tonelada pode ser comercializada a partir de 10 dólares americanos.
Os créditos enquadram-se na modalidade HFLD (sigla em inglês para “Alta floresta, baixo desmatamento”), reforçando a importância da manutenção da floresta em pé, gerando impactos benéficos para o clima, meio ambiente, além de populações e comunidades tradicionais e povos indígenas que habitam essas áreas florestadas.
Coalizão Leaf
A Emergent é uma organização sem fins lucrativos e coordenador administrativo da Coalizão LEAF (sigla em inglês para “Reduzindo Emissões por meio da Aceleração do Financiamento Florestal”), que é uma coalizão público-privada que procura reduzir significativamente as emissões globais de gases de efeito estufa, recompensando jurisdições com florestas tropicais e subtropicais que reduzem com sucesso o desmatamento e a degradação florestal.
Nova Economia
O acordo com a Emergent faz parte do Plano da Nova Economia do Amapá, com previsão de desenvolvimento econômico sustentável, respeitando o meio ambiente e oportunizando a qualidade de vida à população.
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