Governo do Amapá planeja implantação de estação dessalinizadora no Bailique
A Companhia de Água e Esgoto do Amapá já iniciou as tratativas para que o Projeto Bailique seja desenvolvido e esteja apto para captação de recursos e execução.
Projeto busca amenizar o fenômeno da salinização, que aumentou no arquipélago desde 2021.
A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) planeja estratégias para produzir água potável para as comunidades ribeirinhas do Arquipélago do Bailique, como alternativa aos problemas sociais causados pela salinização das águas que banham o local. A Caesa trabalha com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) na construção do Projeto Bailique, que planeja a implantação de uma usina de dessalinização para atender a localidade.
Desde o fim de 2021, o avanço do fenômeno da salinização das águas sofreu um aumento exponencial, afetando quase a totalidade da região do arquipélago. Desde então, os moradores das comunidades do Bailique recorrem à captação de água das chuvas em cisternas para consumo doméstico, porém uma futura solução definitiva é um dos compromissos da Companhia.
Para alinhar o início das atividades técnicas para a concretização do projeto, nesta segunda-feira, 30, a diretoria da Caesa reuniu-se com a Gerência Executiva do Senai no Amapá e técnicos parceiros de outros estados. No encontro, foram definidos todos os passos para que o Projeto Bailique esteja apto para captação de recursos e execução.
“Temos aqui um projeto que será trabalhado a muitas mãos e com muita articulação técnica e política para que possamos implementar uma solução que servirá de exemplo para o Brasil e o mundo, na resolução das dificuldades dos povos da Amazônia”, explicou o diretor-presidente da Caesa, Jorge Amanajás.
O projeto busca viabilidade sustentável para sua implantação. De forma remota, participaram do encontro o gerente executivo de Operações do Sesi/Senai no Amapá, Júlio Zorzal, e o coordenador de Pesquisas do Instituto Senai de Inovação e Química Verde, Antônio Augusto Fidalgo.
“Neste momento, iremos analisar quais das tecnologias atuais serão melhores empregadas na região do Bailique, prezando pela biodiversidade, extrativismo e demais aspectos locais”, pontuou Fidalgo.
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