Despolpadeira de açaí é a 1ª patente registrada no Amapá na área de tecnologia e inovação
Máquina criada por alunas da Unifap e professor, utiliza energia solar para realizar o processamento do fruto.
Inpi constatou a originalidade das ideias da despolpadeira fotovoltaica de açaí
Uma máquina que tira a polpa de açaí utilizando a energia solar é a nova patenteada do Amapá na área de ciência, tecnologia e inovação. A empresa conseguiu o registro este ano, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) que constatou a originalidade das ideias que possibilitaram a criação da despolpadeira fotovoltaica de açaí.
A máquina foi inventada pelo professor Alaan Ubaiara Brito, de 47 anos, junto com as alunas Allana Trajano Feijão e Anita Maria das Graças Almeida, ambas de 29 anos, todos do curso de engenharia elétrica da Universidade Federal do Amapá (Unifap).
Para a Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), a concessão da patente deve resultar na abertura de novas portas para o conhecimento científico, pois representa o processo de desenvolvimento do Amapá.
"Quando é concedida uma patente, isso representa um avanço, um reconhecimento da maturidade científica, de pesquisa, de profissionais e instituições e do ecossistema de tecnolocia e inovação”, destacou Edivan Barros, gestor da Setec.
A despolpadeira fotovoltaica conta com um sistema acoplado a um gerador solar fotovoltaico, que é regulado por meio de um conversor de frequência, o que torna a máquina um produto com preço mais acessível e duradouro.
A ideia de criar o dispositivo surgiu em 2016, após a equipe constatar a dificuldade energética enfrentada por comunidades do interior do Amapá para trabalhar com a cadeia produtiva do açaí.
"Em 2016, eu sugeri pra elas o desenvolvimento de uma batedeira de açaí que usasse apenas energia renovável. Elas toparam, tanto que desenvolveram o trabalho de conclusão de curso sobre o tema. O primeiro protótipo do dispositivo veio depois que elas ganharam o Prêmio Samuel Benchimol, onde conseguimos recursos para comprar os equipamentos necessários para realizar os primeiros testes dentro da universidade”, explicou Alaan Ubaiara.
"Ao ler a carta patente, me deixou muito feliz, satisfeita. Saber que foi a primeira do estado do Amapá me deixou bem surpresa, com sentimento de vitória e reconhecimento do nosso projeto”, destacou Anita Almeida, idealizadora da invenção.
"Fiquei muito feliz. Foi uma sensação de completar o processo todo. Tenho muito orgulho dessa tecnologia social, que abrange as necessidades da nossa população e que teve a participação de duas mulheres. Espero que isso sirva como exemplo e inspiração para outras pessoas”, frisou Allana Feijão, idealizadora do projeto.
Com o patenteamento da despolpadeira fotovoltaica de açaí, terceiros não podem produzir, colocar à venda, usar ou importar a invenção sem a permissão dos inventores legalmente reconhecidos.
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