Conheça o núcleo dedicado ao acolhimento de mulheres lésbicas, bissexuais, transexuais e intersexuais no Amapá
AMA-LBTI é coordenado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM) e atende pessoas em situações de vulnerabilidade social e emocional.
O atendimento terapêutico do núcleo pode ser feito individualmente e em família
O Núcleo de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI) é uma das portas de entrada do Governo do Amapá para quem precisa de cuidados com a saúde, cidadania e acolhimento. O serviço é coordenado pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM).
E foi em busca desse acolhimento que a jovem Samantha Silva, de 29 anos, procurou o núcleo após perdas familiares e dificuldades financeiras que a colocaram em vulnerabilidade social e emocional.
"A equipe me acolhe maravilhosamente bem aqui, pois não tem sido fácil desde que minha mãe faleceu e me separei, em seguida. Mas estou determinada a alugar um espaço para mim e tentar recomeçar minha vida", disse Samantha.
Segundo a diretora do AMA-LBTI, Gê Campos, o núcleo já funciona há pouco mais de dois anos. Ela ressalta que ter um serviço público com espaço adequado para o público em situações de risco é imprescindível.
“O nosso trabalho tem missão humanitária. Respeitar as diversidades, sexualidades, o ser humano não importando se ele é homossexual, heterossexual, cisgênero, travesti ou transexual. A nossa bandeira principal diante desta luta é o respeito. E é por isso que trabalhamos para que o núcleo se torne um centro de referência para todo Amapá”, afirma.
A diretora acrescenta que este é um trabalho realizado buscando integrar a comunidade, os conselhos de assistência e grupos sociais de apoio, uma vez que grande parte das atendidas sofrem dificuldades de ingresso e permanência no mercado de trabalho por conta da discriminação.
Um dos períodos de maior atendimento é no início do ano, em especial durante o mês de janeiro, com fluxo médio de 38 acolhidas. Um dos serviços mais buscados é a retificação e inclusão de nome social, realizado pelo setor jurídico do núcleo, além dos serviços de enfermagem, assistência social, fisioterapia e psicologia.
A psicóloga Karina Silva explica que o processo terapêutico pode ocorrer individualmente ou em família, especialmente nos casos que requerem mediação de conflitos familiares intensos. Karina chama atenção, ainda, para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), que requerem acompanhamento ainda mais especializado.
“E o fundamental é não termos julgamentos com as acolhidas. Aqui nós somos servidoras delas, das pessoas que procuram se compreender dentro de uma realidade muitas vezes em contexto de violência”, explica a psicóloga.
Grupo Terapêutico ‘AmArte’
É mais uma ferramenta de apoio criada para compreender os conflitos das mulheres trans, com rodas de conversa e atividades artísticas e culturais. O grupo é aberto ao público às sextas-feiras, às 16h, no AMA-LBTI localizado na rua Odilardo Silva, 845, bairro Julião Ramos em Macapá
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