Amapá continua com plantações livres da doença monilíase do cacaueiro
Agentes da Diagro realizaram trabalho de vigilância e orientação em propriedades rurais para evitar entrada da praga no estado.
Durante a visita as áreas produtoras, 56 produtores foram orientados sobre a praga
O levantamento das inspeções realizadas pelo Governo do Amapá em propriedades rurais confirmou que o estado continua livre da praga monilíase do cacaueiro. A doença é causada pelo fungo moniliophthora roreri e atinge pés de cacau e de cupuaçu, podendo causar a perda dos frutos. Ela tende a se espalhar com maior facilidade no período de frutificação.
Nas inspeções, que aconteceram de 27 de março a 1º de abril, os técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) avaliaram as plantações de cacau e cupuaçu de 21 propriedades das comunidades de Vila Velha do Cassiporé e Igarapé Grande, ambas no município de Oiapoque.
Além de fiscalizar, os técnicos orientaram 56 produtores sobre os riscos de entrada da praga para a produção agrícola e explicaram como o fungo se dissemina. Os agricultores foram instruídos a procurar as autoridades se encontrarem qualquer sinal da doença em suas lavouras.
De acordo com o chefe da Unidade de Sanidade Vegetal da Diagro, Charles Brito, as ações de vigilância e prevenção à monilíase contribuem para manter o estado sem registro da doença.
“As atividades realizadas são de grande importância para a cadeia produtiva do cacau e do cupuaçu, possibilitando maior segurança ao mercado e investimentos no setor produtivo”, destacou.
A equipe que percorreu as propriedades e áreas de produções nativas é formada pelos servidores Érika Kzan, Fabrício Lima e Charles Brito.
Após os levantamentos nas áreas de produção, que são feitos desde de 2016, a equipe produz um relatório com todas as atividades desenvolvidas e enviado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), informando sobre a inexistência da doença no Amapá.
Monilíase do cacaueiro
A monilíase é uma doença extremamente agressiva, que ataca os frutos do cacaueiro, do cupuaçuzeiro e de outras plantas do gênero Theobroma (espécies vegetais nativas da região amazônica) em qualquer fase de desenvolvimento. A praga já chegou em vários países produtores de cacau da América Latina, como Jamaica, Venezuela, Peru e Bolívia.
O fungo atinge, principalmente, os frutos mais jovens, que, quando contaminados, incham, apresentam manchas escuras e soltam um pó que é facilmente disseminado pelo vento e por meio de materiais contaminados como plantas, roupas, sementes e embalagens.
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