Amapá é o 1º estado da Amazônia a desenvolver plano de referência na eliminação de malária do Ministério da Saúde
As políticas preventivas vão credenciar o Amapá a ser o modelo para o restante do país.
Oficina de Combate às Endemias do Amapá é pela Superintendência de Vigilância em Saúde
O Amapá será o primeiro estado da Amazônia a desenvolver um trabalho de referência na eliminação de malária. A decisão foi anunciada pelo Ministério da Saúde (MS) nesta terça-feira, 11, durante a abertura da 1ª Oficina de Combate às Endemias do Amapá, realizada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-AP).
As políticas preventivas aplicadas continuamente e os esforços dos órgãos de saúde amapaenses para reduzir os números de pessoas infectadas com a doença devem credenciar o Estado a ser o modelo para o restante do país.
Representantes do MS, da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e gestores da saúde dos municípios participaram do evento, que também contou com a participação da secretária de Saúde, Silvana Vedovelli e do vice-governador, Teles Júnior.
"Em nosso governo, saúde é prioridade, e prevenção é um dos eixos principais para o avanço das políticas públicas. Eliminar a malária é um objetivo ousado, mas já temos a referência nacional e essa parceria com os municípios fortalece a meta que nos foi dada”, disse o gestor.
O representante da Coordenação de Eliminação da Malária do Ministério da Saúde, Cássio Roberto Leonel, disse que o Amapá possui critérios adequados para ser referência no trabalho de combate à doença.
"O Amapá concentra equipes técnicas altamente qualificadas, recebe o apoio da gestão e da própria população em suas políticas de combate e prevenção a malária. O Ministério da Saúde considera esse um cenário propício para tornar o estado modelo para o restante do país", enfatizou Leonel.
Em 2022, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional de Eliminação da Malária com objetivo de reduzir o número de casos autóctones de malária para menos de 68 mil até 2025, diminuir o número de óbitos para zero até 2030 e eliminar a doença no Brasil até 2035.
No Amapá, segundo dados da Vigilância Epidemiológica, foram mais de 4 mil casos de malária em 2021. Já em 2022, o número caiu para 2.795. Este ano, entre os meses de janeiro e março, foram registrados 973 pessoas diagnosticadas com a doença.
Oficina
A oficina ocorre no auditório do Centro Sociocultural e Educacional Prof. José Figueiredo de Souza - "A Banda", até sexta-feira, 14, e está dividida em dois grandes eixos: Malária e Arboviroses e tem o objetivo de elaborar os Planos de Ações Municipais de Combate às Arboviroses, alinhados à meta da Organização Mundial de Saúde (OMS), e os Planos Municipais de Eliminação da Malária no Amapá até 2035.
"Serão quatro dias de debates e trocas de informações sobre dengue, chikungunya e zika, doenças conhecidas como arboviroses. Nosso encontro reúne pessoas de várias regiões do Amapá que vão nos auxiliar nos planos e organização das ações de enfrentamento à essas doenças", afirmou a superintendente da SVS, Margarete Gomes.
A solenidade de abertura encerrou com a entrega de placas em homenagens a oito servidores da SVS, pela contribuição dos serviços prestados ao longo desses anos.
"Gratidão, essa é palavra que descreve o momento", mencionou Nelson Quaresma de Souza, de 82 anos, agente de saúde pública desde 1976. Ele atuou no controle da febre amarela e dengue por mais de 40 anos.
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