Audiência pública debate soluções para a dessalinização da água no Arquipélago do Bailique

Reunião aconteceu no plenário da Assembleia Legislativa do Amapá

O vice-governador do Amapá, Teles Júnior e equipe técnica do Governo do Estado participaram, nesta segunda-feira, 17, na Assembleia Legislativa do Amapá (Alap) da Audiência Pública - "Desafios ambientais do Distrito do Bailique e estratégias conjuntas para seu enfrentamento".

O evento, que contou com a participação de representantes da comunidade ribeirinha, debateu ações para a dessalinização das águas do Bailique, que sofre efeitos das águas do oceano na região costeira do Amapá. 

“Viemos aqui para buscar um alento para nossas dificuldades no Bailique, principalmente com a água que já faz muito tempo. Acredito que a partir da audiência vamos ter os benefícios esperados e a solução do problema”, falou Ademilton Costa, presidente da associação da comunidade de Jaranduba.

As medidas discutidas tomaram como base os estudos feitos pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (Iepa). Soluções tecnológicas ambientais para diminuir os impactos em toda a região, que sofre há anos como problema da água salgada, também foram apresentadas.

“Fiz questão de estar aqui trazendo uma mensagem do governador Clécio, que desde o primeiro momento tem se esforçado, enquanto liderança política, para buscar uma solução para as questões do Bailique absorvendo aquilo que já havia sido implementado, mas abrindo novas frentes de trabalho e essa audiência é uma dessas frentes porque dela vão sair soluções para os problemas que nós temos”, disse Teles Júnior.

O vice-governador, que aproveitou o evento para entregar aos deputados o Plano de Ação do Fenômeno Natural das Terras Caídas, destacou as ações de curto e médio prazo que o Governo do Estado vem implantando para amenizar o problema enfrentado há vários anos pela população do arquipélago. Além de destacar o potencial da bioeconomia na região.

“Precisamos criar condições de existência de moradia com a população por quer do ponto de vista econômico e região é próspera e pode render muito dividendos, sobretudo na bioeconomia. Quero deixar claro não se pode olhar apenas pro curto prazo, ela é necessária e emergencial que se intervenha, mas o foco tem que ser olhando pro longo prazo, que aí vem as iniciativas Governo do Estado, juntamente com instituições parceiras, pra fazer esse enfrentamento”, enfatizou Teles Júnior.

Entre as ações governamentais para atender as comunidades, o “Kit Caesa”, foi apresentado como uma solução imediata para garantir água potável aos moradores.

“O governador Clécio teve uma reunião de emergência para buscar soluções ao Bailique. Estamos fazendo o cadastro por unidade habitacional para todos receberem o chamado ´Kit Bailique´ de captação de água fluvial com filtragem e tratamento. Onde a água captada será usada para alimentação e o banho”, apresentou Magali Xavier, diretora de operações da Caesa.

O secretário de Ciência e Tecnologia, Edivan Barros, falou das ações futuras para o desenvolvimento da comunidade.

O Governo do Estado fará uma grande ação, com a presença dos ministérios do Desenvolvimento Social e do Desenvolvimento Regional, para lançar uma série de iniciativas para a proteção e o desenvolvimento. Entre elas terá a entrega de títulos, visando a regularização fundiária, e o projeto estruturante de monitoramento para alcançar toda a Foz do Amazonas”, destacou.

O deputado estadual Jesus Pontes, que propôs e presidiu a audiência pública, ressaltou a importância da discussão e lamentou a ausência de um representante do município de Macapá no debate.

“Vamos seguir acompanhando as ações para melhorar a situação do povo do Bailique, onde o debate da salinização não pode durar muito mais tempo, anos, onde espero ter a governança real da solução. Convidamos a Prefeitura de Macapá para o debate. Infelizmente sentimos falta de um representante. Quero parabenizar o governo que esteve presente na reunião”, finalizou o deputado.

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