Projeto 'Global Oiapoque Cooperação e Saúde' prevê mais assistência na fronteira entre Brasil e Guiana Francesa

Encontro envolveu técnicos dos dois países

O Governo do Amapá apoia o Projeto Global Oiapoque Cooperação e Saúde (OCS), que, desde 2017, atua na região da fronteira com a Guiana Francesa, com foco na prevenção, controle e o enfrentamento das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's) e assistência social. Recentemente, a iniciativa passou a acolher mulheres vítimas de violência doméstica e de gênero.   

O projeto foi criado em 2017. No lado brasileiro, é coordenado pela Associação de Desenvolvimento Prevenção Acompanhamento e Cooperação de Fronteiras (DPAC-Fronteira) com o apoio da Secretaria de Estado do Amapá (Sesa) e Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS). Já o lado francês, é representado pelo Hospital de Caienna, Hospital de San George e Associações Idsante e Daac Guiana.

Em reunião na terça-feira, 18, a coordenadora do DPAC-Fronteira, Jane Borbalo, apresentou os resultados das atividades desenvolvidas até o momento. Para ela, o maior avanço foi instituir a ação 'Primeira Linha de Cuidados', que atua diretamente com os pacientes que já estão acometidos pelo HIV. O projeto também mantém o atendimento de escuta nos dois lados da fronteira, com apoio da Associação Idsanté, do Centro de Referência no Atendimento à Mulher (Cram) e da Polícia Civil.

“Ainda são pequenos passos, mas que merecem ser comemorados. Precisamos avançar nas testagens e prevenção também nas escolas e bairros”, reforçou a coordenadora.

Os temas tratados na reunião abordaram a contaminação pelo HIV, vírus causador da aids; violência de gênero; gravidez na adolescência e aborto. Dentro do projeto, a SVS atua com as medidas preventivas de DST's em conjunto com a Coordenadoria de Políticas de Atenção à Saúde (CPAS), setor interligado à Sesa. A superintendente da SVS, Margareth Gomes, destacou a importância de se trabalhar em equipe.  

“O trabalho em conjunto contribui para que a gente tenha resultados mais positivos em relação ao enfrentamento das doenças sexualmente transmissíveis”, frisou Margarete. 

A parceria resulta nas melhorias no acolhimento, tratamento e aos aos pacientes, além de fortalecer o acesso aos medicamentos, recursos humanos e apoio social que essas pessoas necessitam. 

Para o Diretor do Hospital de Saint Georges, Jean Yves Cattin, o trabalho na fronteira é complexo para os dois lados e destacou o avanço do plano ao incluir  o acolhimento de mulheres vítimas de violência na fronteira.

“É muito importante poder contar com essas tratativas devido às dificuldades que enfrentamos, principalmente na travessia dos pacientes. Antes de 2017, era impossível encaminhar alguém, agora os encaminhamentos ficam bem mais definidos, com protocolos, pois estamos falando do mesmo paciente. O Projeto OCS é um exemplo de cooperação que funciona entre Brasil e França", disse Cattin.

Após a reunião, os membros seguiram agenda de intercâmbio na Superintendência de Assistência à Saúde (SAS), no prédio da Sesa.  

Participaram da reunião membro da Sesa, da SVS, do Cram, do Hospital Estadual de Oiapoque, Associação de Desenvolvimento Prevenção Acompanhamento e Cooperação de Fronteiras (DPAC), Secretaria de Estado de Relações Internacionais a Associação Idsanté.

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