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Hospital da Mulher Mãe Luzia inicia campanha Maio Furta-Cor para sensibilizar sociedade sobre a saúde mental materna

Ao longo de todo o mês de maio, unidade de saúde vai abordar assuntos como a importância da rede de apoio para a saúde da mulher durante e após a gestação.

Por Andreza Teixeira
05/05/2023 07h00

Natalina Costa conta com o apoio da irmã para cuidar dos filhos

O Hospital da Mulher Mãe Luzia realizou, nesta quinta-feira, 4, uma roda de conversa para pacientes e acompanhantes que marca o início da campanha Maio Furta-Cor. A mobilização busca sensibilizar a sociedade sobre a saúde mental materna e, este ano, traz o tema “Só é possível mudar o mundo, cuidando de quem cuida de todo o mundo!”. 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) toda mulher está suscetível a desenvolver transtornos mentais durante a gravidez e no primeiro ano após o parto. Por isso, ao longo de todo o mês de maio, a unidade de saúde vai abordar assuntos como a importância da rede de apoio para a saúde da mulher durante e após a gestação, como detalha a diretora do hospital, Cristiane Barros.

"Não é porque eu virei mãe que eu preciso me anular como mulher, e essa é uma das reflexões da campanha. Um filho é sempre bem-vindo, mas a mãe não precisa se sentir culpada por estar cansada ou por não aguentar mais o peso da barriga, o cansaço não faz da mulher uma mãe ruim. Esse momento nos leva a refletir sobre o peso das cobranças que às vezes nós mesmas nos impomos”, comentou Cristiane.

Um peso que a dona de casa Natalina Costa conhece bem. Ela é mãe de quatro filhos, sendo o mais novo o pequeno Levi, de apenas 6 dias. Ela conta com a ajuda da irmã no cuidado com os filhos e sente que sem esse apoio seria muito mais difícil conseguir administrar tudo.

“Cada gravidez é diferente e sempre é importante ter com quem dividir as responsabilidades da rotina cansativa de cuidar dos filhos”, relatou.

Em outra ponta, Cibele Lima aguarda o primeiro filho e se deparou com várias incertezas durante a gestação.

“São muitas emoções, uma hora é alegria em outra medo, a dúvida se vou ser capaz de criar, são tantos sentimentos que, às vezes, a gente nem entende direito. Acho que é importante ter quem ajude e nos escute para aliviar um pouco”, disse Cibele.

Segundo a enfermeira obstétrica Tacilane Almeida, é preciso que família, amigos e sociedade em geral reflitam sobre as cobranças que são feitas em torno da mulher e de sua maternidade e discutam formas de ajudar a prevenir a sobrecarga e o adoecimento materno. 

“É comum ouvirmos aquele ditado popular que ‘Quem pariu Mateus que o embale’, mas talvez não seja justo o mesmo corpo que gerou e pariu seja o único responsável por também embalar. E essa cobrança de embalar sozinha gera um número muito grande de adoecimento em nossas mães, hoje quatro a cada dez dessas mulheres estão deprimidas. A maternidade exige muito e, se não tivermos sensibilidade enquanto sociedade, enquanto família, as nossas mães vão continuar adoecendo”, disse a profissional de saúde.

 

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