Amapá planeja políticas públicas na 9ª Conferência Estadual de Saúde: 'Construir consensos para avançar', diz governador

Conferência teve o objetivo de diagnosticar as dificuldades e apontar soluções na saúde pública do estado

Profissionais da saúde, sociedade civil e gestores se reúnem para planejarem políticas públicas para o Amapá durante a 9ª Conferência Estadual de Saúde. A abertura do evento ocorreu na noite desta quarta-feira, 10, e as discussões acontecem até sexta-feira, 12, no auditório do Centro de Ensino Superior do Amapá (Ceap).

Com o objetivo de diagnosticar as dificuldades e apontar soluções na saúde pública do estado, a plenária é realizada pelo Governo do Amapá e pelo Conselho Estadual de Saúde (CES-AP), tendo como tema “Garantir Direitos e Defender o Sistema Único de Saúde (SUS), a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia”.

A convocação para a plenária foi decretada pelo governador Clécio Luís no mês de janeiro. Em preparação para a Conferência, foram realizadas as etapas municipais nos 16 municípios, com elaboração de relatórios elencando as necessidades de cada localidade e eleições dos delegados para a etapa estadual.

"É nesse momento que a gente vai defender as reivindicações, necessidades e sonhos do que foi debatido nos municípios. A conferência se propõe a colocar a saúde na pauta central das nossas vidas e é assim também para o nosso governo. Reafirmamos nossos compromissos, tendo a saúde como nossa prioridade absoluta e inegociável. Ainda está longe de estar bom, porque são várias causas, e precisamos construir consensos para avançar. A conferência fortalece o que nós queremos como SUS, que nos provou na pandemia a sua essencialidade", destacou o governador.

Construção de diálogo
Além do Governo, a Conferência é mobilizada pelo CES-AP, organização composta por 26 instituições dos segmentos trabalhador, usuário, gestor e prestador. Tem como missões a formulação de estratégias, a fiscalização e o controle da execução da política de Saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.

Entram nas discussões propostas de intervenções para fortalecer o programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD), as políticas de saúde mental, a melhor distribuição dos medicamentos, saúde neonatal, câncer, doenças crônicas, entre outros assuntos.

Coordenador da conferência, o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Klinger Campos, pontuou que essa é uma oportunidade para planejar formas de facilitar o acesso ao SUS.

"Estamos vendo um trabalho sendo feito, mas não se resolvem em meses problemas crônicos da saúde. A gente percebe que o usuário do SUS não chega onde quer chegar porque a rede é deficitária. Precisamos de uma rede que atenda aos anseios da sociedade. Estamos aqui para fazer essa construções de propostas, achar caminhos para melhorar o SUS no Amapá", disse.

A plenária acontece a cada quatro anos e tem a finalidade de ser um espaço de diálogo entre governo e sociedade para a construção de políticas públicas do Sistema Único de Saúde (SUS). Os encontros reúnem as demandas do Amapá que serão apresentadas na 17ª Conferência Nacional de Saúde, prevista para ocorrer de 2 a 5 de julho, em Brasília.

As deliberações aprovadas na 17ª Conferência Nacional de Saúde serão contempladas no ciclo de planejamento da União e subsidiarão a elaboração do Plano Nacional de Saúde e Plano Plurianual de 2024-2027.

Saúde como prioridade
A saúde pública é prioridade desta gestão e os investimentos já feitos resultaram em mudanças e melhorias nos hospitais de Emergências (HE) de Macapá, de Clínicas Dr. Alberto Lima (Hcal), o da Criança e do Adolescente (HCA) e o Estadual de Santana (HES); a compra de medicamentos, correlatos e material especializado, como órteses e próteses; além de realizar o mutirão Zera Fila de cirurgias ortopédicas e implantar a Operação Dr Teles.

“Estamos aqui para projetar políticas num cenário pós-pandêmico. Se faz necessário discutir a saúde com resolutividade, com responsabilidade social, para sanar demandas da população. Buscamos nesses poucos meses solucionar gargalos da saúde, no entanto ela é ampla e requer muita discussão. Que nestes três dias possamos fazer valer os direitos garantidos e os deveres para todos os entes, discutindo a saúde do nosso estado com união”, falou a secretária de saúde, Silvana Vedovelli.

Participaram, além do Estado e do Conselho, representantes do Ministério Público do Estado, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, e do Conselho Nacional de Saúde.

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