Apresentações artísticas marcam Dia Estadual dos Cultos Afro-Religiosos, no Amapá
O evento celebrou o respeito às religiões de matriz africana e reforçou o combate à intolerância e ao preconceito.
Vinte grupos de matrizes africanas se apresentaram ao longo da noite
Os tambores rufaram na noite da última sexta-feira, 12, durante as apresentações artísticas que celebraram o Dia Estadual dos Cultos Afro-religiosos, comemorado em 8 de maio. O evento aconteceu no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá, com objetivo de reforçar o respeito às religiões de matriz africana e o combate à intolerância e ao preconceito.
O terreiro Unzó Nlunda Kisimbi Junsara ( Pai Salvino) foi o primeiro de 20 grupos de matrizes africanas que se apresentaram durante a noite. Os grupos Ylê Asé Ny Ogun Tojalonã; e Terreiro de Mina Nagô de Cabocla Maria Rosa também animaram o público.
O diretor-presidente adjunto da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), Marcos de Jesus, explicou que a programação marca o combate permanente à intolerância religiosa.
"Esse é um dia muito importante, porque temos que mostrar a nossa vez e a nossa cara. É um dia de resistência, é o povo de matriz africana marcando o seu endereço, a sua cara e a sua posição", frisou Marcos.
O pai de Santo pai Salvino ressaltou que, no Amapá, a data também marca o início das celebrações afro- religiosas no estado.
“Essa celebração para nós tem uma importância significativa, pois foi o dia em que foi tocado o primeiro tambor de mina em Macapá pela inesquecível mãe Dulce. Que hoje, onde estiver, reflete sua luz sobre nós, sobre nossa cultura e nossa tradição, para perpetuarmos ainda mais nossa ancestralidade”, comentou Pai Salvino.
A programação em homenagem à data também terá palestras nas escolas sobre intolerância religiosa, mostras culturais e religiosas, exposição dos elementos dos cultos afro-religiosos, carreata do axé, feira afro-empreendedora e rodas de conversas para o fortalecimento das religiões de matriz africana.O evento é uma realização dos grupos e associações da Federação de Cultos Afro-Religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina), do Fórum Afro-ameríndio do Amapá e do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos de Matriz Africana, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Marabaixo.
Lei estadual
O Dia Estadual dos Cultos Afro-religiosos foi instituído pela Lei 0933, de 3 de novembro de 2005. A data foi escolhida em homenagem à Dulce Costa Moreira, a "Mãe Dulce", uma das pioneiras da cultura afro-religiosa no Amapá. Ela teria tocado pela primeira vez o Tambor de Mina no Amapá, no dia 8 de maio de 1962.
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