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Apresentações artísticas marcam Dia Estadual dos Cultos Afro-Religiosos, no Amapá

O evento celebrou o respeito às religiões de matriz africana e reforçou o combate à intolerância e ao preconceito.

Por Redação
13/05/2023 08h00

Vinte grupos de matrizes africanas se apresentaram ao longo da noiteVinte grupos de matrizes africanas se apresentaram ao longo da noite

Os tambores rufaram na noite da última sexta-feira, 12, durante as apresentações artísticas que celebraram o Dia Estadual dos Cultos Afro-religiosos, comemorado em 8 de maio. O evento aconteceu no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos, no bairro do Laguinho, em Macapá, com objetivo de reforçar o respeito às religiões de matriz africana e o combate à intolerância e ao preconceito.

O terreiro Unzó Nlunda Kisimbi Junsara ( Pai Salvino) foi o primeiro de 20 grupos de matrizes africanas que se apresentaram durante a noite. Os grupos Ylê Asé Ny Ogun Tojalonã; e Terreiro de Mina Nagô de Cabocla Maria Rosa também animaram o público.

O diretor-presidente adjunto da Fundação Estadual de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Fundação Marabaixo), Marcos de Jesus, explicou que a programação marca o combate permanente à intolerância religiosa.

"Esse é um dia muito importante, porque temos que mostrar a nossa vez e a nossa cara. É um dia de resistência, é o povo de matriz africana marcando o seu endereço, a sua cara e a sua posição", frisou Marcos.

O pai de Santo pai Salvino ressaltou que, no Amapá, a data também marca o início das celebrações afro- religiosas no estado.

“Essa celebração para nós tem uma importância significativa, pois foi o dia em que foi tocado o primeiro tambor de mina em Macapá pela inesquecível mãe Dulce. Que hoje, onde estiver, reflete sua luz sobre nós, sobre nossa cultura e nossa tradição, para perpetuarmos ainda mais nossa ancestralidade”, comentou Pai Salvino.

A programação em homenagem à data também terá palestras nas escolas sobre intolerância religiosa, mostras culturais e religiosas, exposição dos elementos dos cultos afro-religiosos, carreata do axé, feira afro-empreendedora e rodas de conversas para o fortalecimento das religiões de matriz africana.

O evento é uma realização dos grupos e associações da Federação de Cultos Afro-Religiosos de Umbanda e Mina Nagô (Fecarumina), do Fórum Afro-ameríndio do Amapá e do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos de Matriz Africana, com apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e da Fundação Marabaixo.

Lei estadual

O Dia Estadual dos Cultos Afro-religiosos foi instituído pela Lei 0933, de 3 de novembro de 2005. A data foi escolhida em homenagem à Dulce Costa Moreira, a "Mãe Dulce", uma das pioneiras da cultura afro-religiosa no Amapá. Ela teria tocado pela primeira vez o Tambor de Mina no Amapá, no dia 8 de maio de 1962.

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