Governo do Estado e Ministério da Saúde alinham fluxo de atendimento nas UBSs em Macapá durante surto de síndromes gripais
O trabalho da Superintendência de Vigilância em Saúde visa orientar e capacitar a rede de informações epidemiológicas, para garantir clareza nos dados.
Fluxo de coletas de amostras laboratoriais também foi discutido para garantir clareza no repasse dos dados
O Governo do Amapá e o Ministério da Saúde (MS) reuniram nesta quarta-feira, 17, com a equipe técnica de Vigilância em Saúde de Macapá para debater o fluxo de atendimento de pacientes com suspeita de sindrome gripais. O alinhamento é essencial para a identificação do vírus circulante e do perfil de pessoas infectadas.
Os dados serão monitorados pela Superintendência de Vigilância em Saúde do Amapá (SVS-AP) e estarão integrados com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) municipal, como forma de treinamento em investigação epidemiológica. O Amapá vive um surto de síndrome gripal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e declarou situação de emergência na saúde pública.
O fluxo de coletas de amostras laboratoriais também foi debatido entre as equipes para garantir clareza no repasse dos dados. O objetivo é saber o perfil dos pacientes, quem está adoecendo, qual a faixa etária, de onde são, entre outras informações.
"Definimos a necessidade de estabelecer um fluxo para coleta de amostras desses pacientes que dão entrada na rede básica, uma vez que precisamos identificar os virus circulantes para melhor direcionamento aos profissionais de saúde em seus atendimentos. Nossas equipes já trabalham em uma normativa técnica orientativa, mas precisamos desse diálogo com os municípios", explica a diretora executiva de Vigilância em Saúde, Iracilda Pinto.
A unificação dos dados tabelados irá proporcionar mais clareza no entendimento da situação epidemiológica do estado. O fluxo definido deverá ser aplicado às quatro Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Macapá, que ofertam atendimento de urgência e emergência: UBS Marcelo Cândia, UBS Perpétuo Socorro, UBS Marabaixo e UBS Fazendinha.
Análise das amostras
A equipe também reuniu com o Laboratório Central do Amapá (Lacen-AP) para alinhar o recebimento de amostras para análises das unidades sentinelas instaladas no estado, que hoje são: Hospital da Criança e do Adolescente (HCA), Pronto Atendimento Ifantil (PAI), Hospital de Emergência (HE) e Hospitais Estaduais de Oiapoque e Laranjal do Jari.
"Queremos fazer uma capacitação junto à Vigilância do município para a captação desses dados de forma clara, com busca ativa e investigação epidemiológica completa, além do fluxo de recebimento dessas amostras no Lacen. Já sabemos que a comunicação estabelecida entre as esferas tem sido muito proveitosa, então a ideia é reforçar esse trabalho e otimizar os resultados de notificações no sistema", detalhou o técnico do Programa de Doenças Respiratórias do Ministério da Saúde, Felipe Coutrin.
Participaram também da reunião o coordenador-geral de Laboratórios e Saúde Pública do Ministério da Saúde, Bruno Milagres, e secretária de Saúde de Macapá, Erica Aymoré.
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