No Junho Verde, Governo do Amapá promove debate sobre mudanças climáticas
O encontro contou com a participação de representantes de povos indígenas e membros do poder público e de organizações da sociedade civil.
Participantes do encontro analisaram impactos das alterações climáticas no Amapá
Como parte da programação do Junho Verde, o Governo do Estado promoveu o 25º Fórum Amapaense de Mudanças Climáticas e Serviços Ambientais (FAMCSA), nesta quarta-feira, 21. O encontro aconteceu no Ministério Público do Estado (MP-AP) e contou com a presença de representades de povos indígenas, de organizações da sociedade civil e de órgãos do poder público.
De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), que coordena o encontro, as alterações do clima, que afetam todo o planeta, já trazem consequências ao Amapá, uma delas é a intensificação do fenômeno das terras caídas, no Arquipélago do Bailique, que geram transtornos para os moradores da região.
Além de fomentar a discussão sobre políticas públicas para redução e adaptação a esses impactos, o encontro também aborda a importância da conservação da diversidade biológica, tanto global quanto específica do Amapá, como evidenciou a gestora da Sema, Taisa Mendonça.
"Essas mudanças afetam diretamente as nossas vidas, então, nada mais importante que a gente possa debater ativamente e propor políticas públicas que tragam soluções, a curto, médio e a longo prazo", pontuou Taisa.
Para o vice-governador, Teles Júnior, é essencial que o Governo do Estado promova esse tipo de debate. Ele também destacou outros temas importantes ligados à temática ambiental, como o desenvolvimento sustentável aliado à preservação da natureza.
“O nosso desafio neste fórum, além de entender os problemas de mudanças climáticas ambientais, é acima de tudo discutir quais serviços ambientais nós somos capazes de prestar e, de forma eficiente, para o desenvolvimento econômico”, disse Teles.
Luene Karipuna é coordenadora da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (Apoianp). Presente no Fórum, ela destacou que as comunidades tradicionais já sentem as mudanças.
“Somos as pessoas que mais preservam o meio ambiente e já sentimos esses impactos, com a alteração dos nossos ciclos de chuvas, e com enchentes em nossas aldeias que não ocorriam na época de nossos antepassados. Por isso, devemos participar do Fórum, entender as políticas públicas que serão destinadas e, principalmente, devemos ser ouvidos nos processos de construção dessas políticas que afetam diretamente os nossos modos de vida”, pontuou Luene.
O promotor de Justiça do MP-AP, Marcelo Moreira, enfatizou que essa é uma possibilidade de ampliar a contribuição dos agentes públicos e da sociedade civil no âmbito das discussões das mudanças climáticas.
“A partir dessas nossas experiências podemos contribuir para a mitigação e o debate de mudanças climáticas, considerando a nossa diversidade social e ambiental”, disse Marcelo Moreira.
Para a secretária executiva do Fórum, Mariane Nardi, o momento proporciona diálogo.
“O encontro é importante para a articulação das instituições governamentais e da sociedade civil amapaense para o enfrentamento das mudanças climáticas e da conservação dos serviços ambientais”, pontuou.
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