Governo do Amapá e Ministério da Saúde capacitam profissionais para diagnóstico e notificação de anomalias congênitas na gestação
As anomalias são a segunda principal causa de mortalidade infantil no Brasil.
Atividade reuniu profissionais que atuam no pré-natal, parto e puerpério
As anomalias congênitas representam a segunda principal causa de mortalidade infantil no Brasil, segundo os dados nacionais do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Buscando alternativas de controle deste cenário no estado, o Governo do Amapá em parceria com o Ministério da Saúde promoveu nesta quinta-feira, 22, uma capacitação profissional para identificar e notificar as anomalias no pré-natal e no nascimento dos bebês.
De acordo com a responsável técnica de saúde da criança da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Rozilene Valadares, a orientação para os profissionais que atuam diretamente com o pré-natal, parto e puerpério, é um reforço para que eles percebam a importância de realizar o diagnóstico e a notificação dos casos, garantindo ao estado dados mais precisos para o desenvolvimento de políticas voltadas à prevenção da saúde das crianças.
“Esse é um tema de grande relevância. Nosso objetivo é diagnosticar e notificar essas anomalias, para evitar as subnotificações. Todos tendo conhecimento, e os profissionais sendo sensibilizados para essa causa, contribui para políticas que ajudem essas crianças, que recebendo estimulação precoce, podem ter mais qualidade de vida junto com seus familiares”, explicou Rozilene.
O consultor técnico da coordenação da Unidade de Vigilância de Anomalias Congênitas do Ministério da Saúde, João Matheus, comentou que a capacitação promove um olhar diferenciado para os vários tipos de anomalias, e que embora não seja possível prevenir a maioria das malformações fetais, pode-se prevenir ou minimizar muitas das consequências delas. Por isso, é importante que a mãe faça os exames pré-natais de rotina.
“Essas oficinas foram idealizadas para que a gente possa ter um perfil epidemiológico dessas condições no país, garantindo atenção especializada a essas crianças, buscando reduzir a mortalidade e a morbidade das anomalias congênitas, visto que muitas podem ser prevenidas com medidas simples durante o pré-natal, e mesmo as que não podem ser prevenidas, em sua grande maioria tem um tratamento efetivo que pode melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados”, pontuou o técnico.
De acordo com a Coordenadoria de Políticas de Atenção à Saúde da Sesa, o evento teve 160 participantes que serão os multiplicadores da ação dentro das unidades que atuam.
Anomalias congênitasAs anomalias congênitas são um grupo de alterações estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina e que podem ser detectadas antes, durante ou após o nascimento. Podem afetar diversos órgãos e sistemas do corpo humano e são causadas por um ou mais fatores genéticos, infecciosos, nutricionais e ambientais, podendo ser resultado de uma combinação desses fatores.
Dentre as anomalias congênitas mais comuns, encontram-se: as cardiopatias congênitas, que são alterações na estrutura ou função do coração; os defeitos de membros, como membros ausentes, supranumerários ou com desenvolvimento alterado; os defeitos de tubo neural, que se relacionam a uma falha no fechamento adequado do tubo neural embrionário, como a anencefalia e a espinha bífida; e as anomalias cromossômicas, como a síndrome de Down.
Muitas anomalias congênitas podem ser prevenidas ou tratadas. A suplementação com ácido fólico na pré-gravidez, o consumo de iodo durante a gestação, a vacinação e a assistência pré-natal adequada são algumas formas de prevenção.
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