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‘Somos 7,5 milhões de pessoas que fazem parte da economia’, reforça ministra da Cultura em encontro no Amapá

Margareth Menezes ouviu as demandas dos segmentos artísticos, culturais e criativo em plenária nesta quinta-feira, 29.

Por Rafaela Bittencourt
29/06/2023 17h00

Cada segmento pôde fazer falas e entregar suas propostas diretamente nas mãos da ministra

Em seis meses, o Governo do Amapá reforçou as ações de valorização da cultura, com o retorno dos desfiles das escolas de samba no Sambódromo; a realização da maior da quadra junina do estado; entrega da Central do Marabaixo e a adesão de 100% dos municípios à Lei Paulo Gustavo, que destina R$ 30 milhões em investimentos para o setor. É nesse momento, que o Amapá recebe o Circula MINC, uma agenda de imersão do Ministério da Cultura (MinC) nos estados brasileiros.

Como parte dessa programação, a ministra Margareth Menezes, que cumpre agenda no Amapá, recebeu, nesta quinta-feira, 29, trabalhadores da cultura para um diálogo sobre as demandas do setor. Na plenária, ela destacou a mobilização nacional pela valorização da categoria criativa como destaque econômico.

"Somos 7,5 milhões de pessoas que fazem parte da economia, isso precisa ser levado a sério, é uma realidade. O PIB [Produto Interno Bruto] mostra que produzimos 3,11%, que são recursos gerados pela economia criativa. Cultura é investimento. Precisamos olhar para o setor e entender o potencial econômico que temos", destacou a ministra.

A secretária de Estado de Cultura (Secult), Clícia Vieira Di Miceli, enfatizou que o Amapá está alinhado à cultura nacional, que vive um novo momento, mais humanizado, acessível, desburocratizado e, acima de tudo, comprometido com o reconhecimento e valorização das potencialidades criativas do povo brasileiro.

"Somos o primeiro estado a ter 100% de adesão da Lei Paulo Gustavo, fomos o primeiro a receber a equipe técnica do MinC e, agora, seguimos com o olhar sensível para a restauração da nossa Fortaleza de São José de Macapá, através de recursos da Lei Rouanet, além da instauração do escritório do Ministério no Amapá", destacou Clícia.

A mesa contou, ainda, com participação de representantes dos povos originários, religiões de matriz africana, comunidade quilombola, além do Fórum Popular de Cultura e o Conselho Estadual de Políticas Culturais. Cada segmento pôde se manifestar e entregar suas propostas diretamente nas mãos da ministra.

Para Esmeraldina Santos, ícone da cultura negra do Amapá, o momento é de mostrar a resistência da cultura afro do estado, como uma manifestação legítima e que precisa ser afirmada.

"Resistimos para estar aqui neste momento, para tomar nosso lugar como povo preto, para mostrar o valor do nosso tambor, nossa liberdade, nossa cultura, dos nossos velhos, que tocavam a noite toda e no dia seguinte estavam com força para trabalhar, é sobre a nossa cultura que queremos falar", destacou Esmeraldina.

O Circula MinC no Amapá ocorre à convite do senador Randolfe Rodrigues, líder do Governo Federal no Congresso Nacional, que também participou dos debates.

"Ter Margareth como ministra já é dar diagnóstico da mudança anunciada, uma artista popular, negra, com a identidade do povo brasileiro, é uma revolução. Debatemos a Lei Paulo Gustavo, que surge em momento de pandemia e com o setor da cultura sendo o primeiro afetado, agora, vamos batalhar para que ela se torne uma lei permanente e de valorização da cultura", ressaltou o senador.

A cerimônia contou com momentos importantes de representação cultural, com a interpretação do hino do Amapá nas vozes de Silmara Lobato e Zé Miguel. A composição Jeito Tucuju, na voz de Patrícia Bastos, acompanhada das caixas de marabaixo e participações de agentes culturais da literatura, artesanato, entre outros.

A agenda do Ministério também contou com participação dos gestores dos municípios do Estado, garantindo um momento de diálogo com os governos municipais, estadual e federal.

Artistas e representantes culturais presentearam a ministra com o troféu "Juremas" de literatura, dado a apoiadores da literatura amapaense.

"É um momento de participação nas políticas públicas culturais que estamos tendo a oportunidade de viver", diz a escritora Carla Nobre.

 

Confira como foi o Circula Minc no Amapá:

 

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