'Reconheço avanços, mas ainda falta muito para o que desejo ao povo do Amapá', diz Clécio Luís na Rádio Difusora sobre os 6 meses de governo
Governador completa 180 dias de gestão com ações positivas e planos para o desenvolvimento do estado.
Clécio Luís avaliou o desempenho e destacou que ainda tem muito trabalho pela frente
O governador do Amapá, Clécio Luís, conversou com os jornalistas Paulo Silva, Rudinei Santos, Annibal Sérgio e Ana Girlene na bancada do programa Bom dia Difusora, na Rádio Difusora de Macapá, na quinta-feira, 6. No bate-papo, o governador fez um diagnóstico dos 180 dias de gestão à frente do Governo do Estado.
Clécio Luís avaliou o desempenho em setores como: saúde, educação, segurança e assistência social, reconhecendo que ainda tem muito trabalho pela frente para alcançar o que deseja para o povo do Amapá.
"Ainda não estou satisfeito com os resultados que alcançamos. Sei reconhecer os avanços que foram muitos, mas eles ainda estão muito longe daquilo que nós nos comprometemos, apesar de estarmos há pouco tempo na gestão. Muito, ainda temos a fazer, eu quero mais," disse Clécio Luís.
Principais trechos da entrevista:
Saúde
Prioridade absoluta, imediata e inegociável.
"Logo no primeiro dia útil de gestão, eu e meu vice, Teles Júnior, fomos para dentro do Hospital de Emergência (HE). Iniciamos uma obra que avançou muito no início, depois entrou num ritmo mais lento. Não por falta de recurso ou de material, mas por ser uma obra, sem suspender o atendimento aos pacientes, é difícil. Uma obra num lugar onde tem gente sendo medicada, internada, passando mal. Mas se Deus quiser, daqui a 2 meses estamos saindo, deixando o antigo HE completamente reformado, com material de qualidade e muitos equipamentos novos. Tínhamos uma sala com 6 leitos no semi-intensivo, hoje nós temos uma UTI de verdade, com 10 leitos de internação e de isolamento. Já tem muito avanço".
Operação Dr Teles
No mês de fevereiro foi criada a Operação Dr. Teles, que consiste em liberar pacientes que podem receber atendimento médico em casa. As ações emergenciais contribuem para que o HE ofereça condições de tratamento digno.
"Também nos primeiros dias de gestão, inspirado no trabalho dedicado do médico e pai do vice-governador Teles Júnior, que conversava com todos os pacientes, atendendo cada um de forma simples e humana, criamos a operação Doutor Teles, onde pegamos aqueles pacientes que estavam internados nos corredores, com menor gravidade, que passavam a ser acompanhados pela equipe médica em casa. O corredor não é lugar para internar pacientes. Sei que ainda temos pessoas nessas condições, mas em breve não teremos. Hoje, duas equipes estão atuando na operação Doutor Teles".
Operação Zera Fila
Em janeiro, o Governo do Amapá iniciou o mutirão Zera Fila, para reduzir o tempo de espera por cirurgias, principalmente ortopédicas, no Hospital de Emergência (HE) Oswaldo Cruz.
"Nós já fizemos quase 3 mil cirurgias nesses 6 meses. Um dos maiores exemplos foram as cirurgias ortopédicas, em torno de 1.600 pacientes atendidos. Lembram das manifestações na frente do HE por causa da demora para realização das cirurgias. Em média as cirurgias estão acontecendo em uma semana".
Novo Hospital de Emergência
O governador, Clécio Luís, anunciou no dia 4 de julho, a publicação da licitação para as obras do novo Hospital de Emergências (HE) de Macapá, que terá cinco andares e vai ampliar a capacidade de atendimentos de urgência e emergência na rede pública de saúde.
"Nós optamos pela modalidade de obra integrada para não ter o problema de descobrir um erro no projeto e ter que parar tudo, fazer outra licitação. A empresa que ganhar a licitação, vai pegar o projeto do Novo HE, e se houver qualquer tipo de alteração, não precisa parar a obra. Essa modalidade é um pouco mais longa, mas é mais segura. O recurso no valor de R$ 120 milhões foi garantido há três anos atrás, pelo senador Davi Alcolumbre. O senador também conseguiu a área do imóvel, onde funcionavam 30 casas do Exército Brasileiro, que o Ministério da Defesa, antes, sempre negava. A burocracia é tão grande e tão cruel, que só agora conseguimos a aprovação da Caixa Econômica Federal. Imediatamente publicamos o edital e daqui a sessenta dias úteis teremos a abertura das propostas, e em noventa dias teremos o vencedor da licitação e imediatamente iniciaremos as obras".
Hospital da Criança e do Adolescente (HCA)
Com obras retomadas após anos de paralisação, o Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) recebeu melhoramento na estrutura e mais de 90 novos leitos.
"Estamos em obras no Hospital da Criança e do Adolescente (HCA). É uma obra que já dura uns 12 anos e não saiu do lugar. Já entregamos 94 novos leitos para ampliar a capacidade de atendimento. Quem quiser ir lá ver, pode ir. Agora temos duas alas completamente novas com equipamentos novos. Também ampliamos a UTI [Unidade de terapia Intensiva) de 10 para 20 leitos. Crianças que estavam há dias, meses e anos, alguns nunca tinham ido para casa porque tem alguma doença crônica e precisavam de equipamentos, que foram adquiridos pelo governo, como o que auxilia na respiração, oportunizando que várias crianças fossem para casa pela primeira vez, para serem cuidadas no seio de suas famílias".
Hospital de Clínicas Alberto Lima
Com obras em andamento, o Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL), já ampliou o número de leitos em um novo bloco todo reformado e equipado. No atendimento, criou o Mais Saúde, que atende pacientes com operações e tratamento das varizes.
“Estamos também no Hospital de Clínicas Alberto Lima (HCAL). Já entregamos 32 novos leitos e quando eu falo novos, são novos mesmo. E daqui alguns dias entregamos mais 35. Temos várias intervenções em andamento, temos o Mais Saúde, um programa financiado pelo senador Davi, inspirado no Mais Visão, que faz cirurgias de varizes das mais simples às mais complexas, em casos de má circulação”.
Hospital Estadual de Santana
Retomada, as obras do Hospital Estadual de Santana estão em fase de conclusão, com previsão de entrega no segundo semestre de 2023.
"Estamos num esforço gigantesco para concluir as obras do Hospital de Santana, é outra obra com mais de 10 anos. No ano passado estive visitando as obras com o Ministro Waldez. Previsão para a entrega é agosto ou setembro. A estrutura tem uma nova maternidade, pediatria, pronto socorro, enfim. E quando entregarmos o espaço novo, iniciaremos a reforma nas alas antigas".
Maternidade Mãe Luzia
Obras estruturais estão sendo realizadas no Hospital da Mulher Mãe Luzia.
"Nós estamos avançando nas intervenções na maternidade, que também tem seus problemas. Ainda recebemos queixas da maternidade, é por conta da situação estrutural, mas nós vamos avançar, para garantir um lugar mais digno às mães e seus filhos ".
Saúde no interior do estado
Em outros municípios do estado o aumento na estrutura da saúde também é prioridade.
"No Oiapoque, quando um paciente se agrava ele precisa ser transferido de UTI aérea, pois a estrada não oferece condições de transferir um paciente grave. Nós estamos construindo um prédio novo só de UTI, desde UTI neonatal até adulto com 27 novos leitos. Estamos em obras no Hospital de Ferreira Gomes e no Hospital de Porto Grande, que já está com a metade pronta, onde daremos funcionalidade e atenda a população. Enquanto isso, vamos conseguir mais recursos para fazer a segunda etapa".
Educação
Concurso público, estruturação, ampliação e melhoramento no atendimento aos estudantes e universitários.
"Sobre o concurso da educação de 2022. Nós vamos homologar o concurso ainda neste semestre e chamar um quantitativo que for necessário. Só tem uma situação que está no ajuste, é sobre a definição da nota de corte era 60%. Estão pedindo para baixar para 50%, tem opinião a favor e opinião contra, e está na Justiça. Precisa de uma decisão judicial sobre isso, e o que for melhor definido vamos fazer. Também estamos na luta para restituir o papel da educação na vida das nossas crianças e adolescentes, pela evasão muito grande na pós pandemia. Por isso estamos investindo muito na rede física das escolas".
Campus da UEAP Região dos Lagos
Um dos avanços concretos nos primeiros 180 dias de governo está na educação superior, com a inauguração e entrega do novo campus da Universidade Estadual do Amapá (UEAP), no interior do estado.
"Foi um grande avanço. Eu tive a felicidade de inaugurar o campus da região dos lagos da UEAP, chamado assim para atender toda aquela região do Amapá, Calçoene, Pracuúba e Tartarugalzinho. Nós queremos que os cursos que sejam oferecidos lá, sejam cursos que tenham a ver com aquela região. E nós temos matemática, engenharia agrônoma, engenharia de pesca, buscando justamente o desenvolvimento da região".
Segurança Pública
Reforço na estrutura, equipamentos e aumento no efetivo estão impulsionando as ações de defesa da sociedade.
“Demos posse a 114 policiais civis, oficiais, agentes e delegados. Queremos chamar até o final do ano toda a lista de policiais civis. Também foram empossados 141 policiais penais. Um investimento no reforço da segurança do cidadão. E temos mais, nós chamamos agora 600 aprovados para o TAF [Teste de Aptidão Física] da Polícia Militar, uma das maiores chamadas da história. Chamamos 300 do Corpo de Bombeiros, tudo para garantir mais polícia e bombeiro nas ruas. Adquirimos novos equipamentos, fortalecemos a união das forças para atuações em conjunto e entregamos novos prédios, como da Força Tática e da Delegacia de Pracuúba. E outras mais serão entregues no segundo semestre”.
Assistência social
Na Assistência social o governo avançou com ampliação no atendimento ao cidadão mais carente e que necessita de assistência em todo o estado, como do arquipélago do Bailique, na costa do Amapá, amparados pelo projeto Acolher Amapá.
"Nós criamos uma secretaria voltada apenas para a assistência social que não pode ser confundida com inclusão, mobilização que são importantes também. E na construção dessa política chamei a deputada Aline Gurgel, digo que ganhamos uma grande gestora. Nós não podemos esperar gerar economia para cuidar de quem está passando fome, então surgiu o Acolher Amapá que junta programas que já existiam em um só. São mais de 60 serviços que chegam à população, desde cesta básica, kit de higiene pessoal e kit de dignidade menstrual. Estamos fazendo chegar o atendimento a quem mais precisa".
"Sobre o Bailique a crise se agravou muito. Chegou a ficar 28 dias sem energia no arquipélago. Nós fizemos uma ação emergencial com todo tipo de atendimento. Desde a Defensoria Pública, até a vacinação e entrega de cestas básicas. Mas o que vai resolver mesmo é a restituição definitiva da energia e do fornecimento de água potável. Tem o projeto, através de emenda do senador Davi Alcolumbre, que é o Mais Luz para Amazônia, que vai levar energia para o Bailique inteiro, através de placas solares. Por enquanto, emergencialmente a Cea Equatorial está instalando postes com fibras de vidro. Eu fiz um sobrevoo em toda a região e constatei que a situação é muito complexa e difícil de manter. Sobre a água, estou indo ao Rio Grande do Norte para conhecer o projeto de dessalinização que existe lá, que pode ser uma alternativa para o povo do Bailique".
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