Governo do Estado e Unifap orientam acadêmicas indígenas sobre violência doméstica e de gênero
Evento contou com orientação do Centro de Referência em Atendimento à Mulher de Oiapoque, que oferece suporte a mulheres em situação de violência.
Estudantes devem replicar o conhecimento com a comunidade
O Governo do Estado e a Universidade Federal do Amapá (Unifap) levaram informações sobre violência doméstica e de gênero para 45 acadêmicas indígenas de Oiapoque. O objetivo é esclarecer as estudantes sobre essas situações para que elas compartilhem o conhecimento com a comunidade.
A orientação aconteceu no sábado, 8, e foi conduzida pela equipe do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram) de Oiapoque, que é vinculado à Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres (Sepm). O local acolhe mulheres vítimas dos diferentes tipos de violência, especialmente doméstica, e oferece serviços jurídicos, de assistência psicossocial e de saúde.
Para a acadêmica Geilane Batista Silva, de 19 anos, a palestra traz reflexões sobre as mudanças na abordagem sobre violência doméstica através das gerações.
"A palestra foi muito importante, porque abrange muitas situações que as mulheres indígenas vivenciam tanto na aldeia como na cidade. Isso faz com que a gente veja muito além, principalmente porque estamos passando por outras gerações e, antigamente, não tínhamos essa abertura, mas agora podemos contar com o Cram nessa ajuda", frisou a jovem.
O ciclo de violência foi um dos temas abordados durante o encontro, uma vez que muitas mulheres vivenciam esse cenário, sem mesmo saber que estão passando pela situação. A coordenadora do Cram de Oiapoque, Natane Oliveira, diz que esse tipo de ação é muito produtiva.
"Essa troca de informações com as comunidades tradicionais é fundamental. Demos ênfase aos tipos de violência, além de apresentar os serviços que o Cram oferece gratuitamente", disse a coordenadora.
A gestora da Sepm, Adrianna Ramos, destacou que a secretaria está trabalhando para dialogar com mulheres de diferentes realidades.
"Conhecer os anseios e necessidades das mulheres indígenas é fundamental para melhorar os atendimentos. Estamos comprometidos em garantir através de nossas equipes técnicas que as mulheres que necessitam encontrem apoio em cada canto do Estado", disse a gestora.
No final do evento, o Centro distribuiu kits com absorvente e preservativos femininos.
Acolhimento
O Cram de Oiapoque disponibiliza o telefone (96) 98402-9406 como ferramenta de auxílio e proteção das vítimas de violência doméstica na região de fronteira. O número funciona 24 horas por dia, através de mensagens via WhatsApp e ligações.
Ao entrar em contato com o número, a vítima de agressão será acolhida e orientada pelo Centro, que oferta serviços jurídicos, sociais e psicológicos.
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