Governo do Estado apoia projeto social que apresenta hip hop a moradores das áreas periféricas de Macapá
Competição ‘Hip Hop Dance Periferia’ aproxima arte e cultura de bairros como o Miracema, na Zona Norte.
Moradores aproveitaram o fim de tarde ensolarado para assistir as apresentações
A dança, a música e a poesia tomaram conta do Conjunto Habitacional Miracema no sábado, 15, com mais uma edição do projeto ‘Hip Hop Dance Periferia’, promovido pela Frente Estadual do Hip Hop, com apoio do Governo do Amapá. A competição busca difundir a manifestação cultural em áreas periféricas e habitacionais de Macapá.
A grande novidade do evento foi a utilização dos critérios de avaliação que estarão presentes nas Olimpíadas de 2024, em Paris. Foram analisadas a técnica utilizada, grau de dificuldade, musicalidade e coreografia de duplas. Os vencedores foram a dupla b-boy Françoá e King, na categoria masculina, e b-girl Emily, na feminina. "Como é uma novidade para a categoria, estamos introduzindo essa nova forma de avaliação dentro dos nossos eventos, uma forma de preparar o atleta, então utilizamos esses critérios e os populares, para garantir essa transição inclusiva na modalidade", explica o coordenador da competição, Sidarta Amorim.
A competição apresentou para a comunidade do Miracema os elementos que compõem o movimento: breaking DJ, MC, graffiti e conhecimento. Entre os competidores, a Suzane da Silva, de 24 anos, conhecida por b-girl Ellasttyck, conta que foi através de projetos como este que ela entrou no breaking e hoje tem a oportunidade de representar o estado em competições nacionais.
"Foi com um projeto desses que conheci a cultura hip-hop e cheguei aqui, eu só assistia, hoje eu sou uma mulher que tomou o seu lugar e vou representar o Amapá lá fora", explica.Ela participará da competição nacional "Quando as Ruas Chamam", que irá definir o melhor bboy e bgirl brasileiro para representar o país. O evento ocorre em agosto, no Mato Grosso do Sul, com as seletivas e finais em Brasília, no Distrito Federal.
O b-boy Snoopy Wallyson Amorim conta que ocupar os espaços onde muitos projetos não chegam é uma forma de resgatar a juventude através da arte.
"O hip hop é da periferia e é para a periferia, que hoje consegue alcançar outros espaços e se estabelece como esporte olímpico para agregar muito mais, estamos aqui hoje porque o Miracema é um bairro novo, com muitos jovens com potencial, então vamos apresentar essa cultura de paz e poesia para eles", relata.O evento rapidamente atraiu a atenção dos moradores do habitacional, como Maria da Conceição, de 50 anos. Para ela, foi uma forma de animar o sábado e proporcionar um lazer para os netos.
"Ainda não conhecia o estilo, mas gostei bastante, meus netos estão se divertindo e eu também, é uma forma de se distrair no fim de tarde", conta.
Cultura Hip hop
Este ano, comemora-se o cinquentenário do hip hop no mundo, com data oficializada em 11 de agosto. O movimento surgiu na década de 1970, no bairro do Bronx em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Para fortalecer os grupos esportivos e culturais, o Governo do Amapá apoia as atividades desenvolvidas pela Frente Estadual do Hip-Hop, que envolvem o público jovem com oficinas, eventos e capacitações dentro das comunidades mais vulneráveis.
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