Centro de Referência em Atendimento à Mulher de Macapá completa 15 anos de acolhimento a vítimas da violência
Espaço é coordenado pelo Governo do Estado. Foram mais de 1.900 atendimentos no primeiro semestre de 2023.
Ao todo, são cinco unidades do Cram no Amapá
O Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram) de Macapá completa 15 anos de atuação neste sábado, 22. É neste ambiente que muitas vítimas de diferentes tipos de violência encontram apoio e acolhimento com assistência psicológica, assistência social, assessoria jurídica e enfermagem.
O Cram de Macapá é uma das cinco unidades do Centro distribuídas pelo estado. As outras ficam em Porto Grande, Laranjal do Jari, Oiapoque e Mazagão. Os espaços são gerenciados pela Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM). A agente de portaria Graça Pandilha, de 50 anos, foi vítima de violência psicológica cometida pelo ex-marido por 32 anos, mas conseguiu sair do ciclo de sofrimento depois que conheceu os serviços do Cram, em 2021.
“Eu tinha crises de depressão e ansiedade, não sabia o que era a violência psicológica, daí comecei a fazer o tratamento no Cram todos os dias. Depois disso, comecei a me recuperar e hoje incentivo outras mulheres que criem coragem para chegar até aqui. E que elas não voltem com seus maridos agressores. Somos vencedoras e queremos passar o obstáculo que é a violência. Também é importante o apoio para as mulheres conseguirem emprego e se livrarem da dependência financeira dos seus companheiros”, incentivou Graça.
Segundo dados do Observatório da Mulher, que é coordenado pela SEPM, no primeiro semestre de 2023, o Cram Macapá realizou 1.934 atendimentos, sendo 68 novos casos e 211 acolhidas que continuam em acompanhamento. Para a secretária de políticas para mulheres, Adrianna Ramos, os avanços estão sendo feitos de forma transversal buscando o fortalecimento com órgãos que atuam na defesa e proteção das mulheres.“O Cram Macapá foi pensando através dos movimentos sociais. São 15 anos de muita história, sendo um importante instrumento na luta pela defesa e proteção às mulheres. E essa luta é um compromisso social. Estamos reestruturando a política para mulher com muita dedicação para oferecer mais dignidade e capacitação para o público feminino em Macapá”, afirmou a gestora.
Outra acolhida do Cram Macapá é a Naiara Bruna, autônoma, que chegou ao centro através do atendimento recebido por sua filha no Núcleo de Acolhimento às Mulheres Lésbicas, Bissexuais e Transexuais e Intersexuais (AMA-LBTI). Emocionada, ela contou como o atendimento do centro tem mudado a sua trajetória.
“Depois que você é acolhida você entende como é grande. Não precisa ter vergonha de buscar o seu melhor e, aqui, temos uma rede grande que nos ampara. Sobre o trabalho do Cram, é de excelência. Outras pessoas precisam conhecer, mesmo que não estejam sofrendo violência, mas podem ajudar de outras formas mais mulheres”, frisou Naiara.
Para marcar a data a coordenação do Cram Macapá realizou um café da manhã nesta sexta-feira, 21, com a presença das equipes técnicas da SEPM, do Centro de Atendimento à Mulher e Família (Camuf), do AMA-LBTI, representantes dos movimentos feministas e mulheres acolhidas.As unidades do Cram funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. Confira os endereços em cada município:
Macapá
Endereço: Rua São José, 1500, esquina com a Avenida FAB - Centro
Contato: (96) 98403-5107
Laranjal do Jari
Endereço: Rua Tiradentes, 882 - Agreste
Contato: (96) 98403-1960
Mazagão
Endereço: Av. Intendente Alfredo Pinto, 392 - União
Contato: (96) 98401-9768
Oiapoque
Endereço: Rua Lélio Silva, 220 – Centro
Contato: (96) 98402-9406
Porto Grande
Endereço: Av. Bento Manoel Parente, 785 - Malvinas
Contato: (96) 98403-8359
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