Governo do Amapá reforça atendimento humanizado com nova enfermaria indígena no Hospital da Criança e do Adolescente
Espaço conta com redes e poltronas para acompanhantes, placas de identificação nas línguas waiana e apalai.
Espaço conta com redes e pinturas indígenas
O Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) conta, a partir de agora, com uma enfermaria adaptada para acolher pacientes indígenas e seus acompanhantes. O Governo do Amapá entregou o novo espaço nesta sexta-feira,28, com a proposta de reforçar o atendimento humanizado e fazer com que os pequenos se sintam mais próximos do ambiente em que vivem, facilitando os processos de internação e de recuperação.
A nova enfermaria é totalmente temática. São quatro leitos adaptados com redes para as crianças e poltronas para acompanhantes. Também há placas de identificação nas línguas waiana e apalai, além de banheiro.
O local também conta com pinturas feitas pelos próprios indígenas, que representaram nas paredes do lugar a cultura de etnias que habitam regiões do Amapá.Um dos artistas responsáveis pelas intervenções é o intérprete Araimaré Waiana, que representou as paisagens e os animais de sua aldeia. Ele contou da satisfação em expressar a cultura do seu povo no ambiente hospitalar.
“É muito bom trazer um pouco da nossa cultura e ajudar nossos parentes a se sentirem em casa”, contou Waiana.
Respeito à cultura indígenaA diretora do HCA, Cleude Rodrigues, explicou que o fluxo de pacientes vindos das aldeias fez com que o hospital percebesse a necessidade de ter um espaço que os deixassem mais confortáveis;
Cleude também explicou que o ambiente acolhedor auxilia na recuperação do paciente e diminui o tempo de internação.
“Tudo o que foi realizado aqui foi com o objetivo não só de mostrar a cultura, mas principalmente para acolher nossos povos originários da melhor forma possível, para que se sintam no ambiente deles, favorecendo a saúde, seu tratamento e também na recuperação, que acaba sendo mais rápida", pontuou Cleude.
A coordenadora estadual da saúde indígena, Alessandra Macial, pontuou que, além desse espaço, todos os hospitais estaduais possuem intérpretes que auxiliam na comunicação entre os pacientes e profissionais de saúde.“Temos os profissionais intérpretes que acompanham os pacientes para viabilizar o atendimento, o cuidado, e garantir que ele seja bem assistido e que tenha um atendimento humanizado. Esse momento de entrega é muito importante e ajuda também no processo de construção de novas políticas no Estado”, disse Alessandra.
Presente no momento, a coordenadora do Distrito Sanitário Especial Indígena do Amapá e Norte do Pará (Dsei), Simone Karipuna, reconheceu a iniciativa.
“Garante mais respeito e representatividade”, comentou Simone.
Atualmente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) mantém intérpretes das etnias Karipuna, Galibi Marworno, Waiana, Apalai e Wajãpi em todas as unidades hospitalares para o acompanhamento dos pacientes e auxílio na comunicação.
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