Governador Clécio Luís reúne com distribuidoras e donos de postos de combustíveis no Amapá para esclarecer sobre escassez de gasolina
Bases vão funcionar no fim de semana para atender demandas, enquanto Polícia Civil investiga responsáveis por fake news.
Clécio Luís e Teles Júnior receberam no Palácio do Setentrião empresários setor de combustíveis
O governador, Clécio Luís, e o vice, Teles Júnior, receberam no Palácio do Setentrião, nesta sexta-feira, 4, empresários e representantes de postos e distribuidoras de combustíveis para entender o que levou à escassez de gasolina no estado. Os empreendimentos informaram que não há desabastecimento no Amapá e pediram cautela na aquisição do produto.
"Houve o atraso de um balsa na chegada à Macapá, mas isso não desabasteceria os postos. Só que tivemos uma notícia falsa de que iria acabar a gasolina, o que gerou as filas que vimos essa semana, para encher os tanques e até estocar, que é até um perigo. Ontem e hoje chegaram ao Amapá 9 milhões de litros de gasolina, o que em condições normais são suficientes para abastecer o estado inteiro ao longo de 3 semanas. Então, pedimos que a população tenha calma e volte a comprar gasolina no volume normal. Temos combustível suficiente nas distribuidoras", esclareceu o governador Clécio Luís.
O Amapá tem uma frota de 230 mil veículos e o aumento excessivo da demanda reduziu os estoques, gerando transtornos. Para achar soluções, o assunto foi discutido pelo Estado com o setor privado, na presença do governador, do vice, e ainda com gestores da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Instituto de Defesa do Consumidor (Procon), Agência de Desenvolvimento Econômico do Amapá (Agência Amapá), e Polícia Civil.
Uma das dificuldades encontradas foi o não funcionamento das duas distribuidoras que atendem o Amapá aos sábados e domingos. O governador pediu às empresas que os plantões dos colaboradores sejam dobrados para que as bases funcionem neste fim de semana em horário extraordinário e, assim, amenizar a carência e garantir que o combustível chegue às bombas e aos consumidores.
Investigação
O Procon não identificou nenhuma ação no sentido de aumentar os preços neste período. Enquanto isso, a Polícia Civil investiga o caso para identificar a autoria das notícias falsas que agravaram o problema. O objetivo é saber quem tirou vantagens da prática criminosa, para que seja responsabilizado civil e criminalmente.
O vice-governador, Teles Júnior, reforçou a necessidade de não acreditar em notícias falsas e combatê-las.
"É importante que a gente tenha o entendimento de que o Amapá é um estado distante, que eventualmente pode acontecer algo com a logística, mas que não há necessidade para pânico. Aqui tratamos de vários assuntos, inclusive apontar um plano de contingência para lidar com o setor à longo prazo e atuar com a ampliação da estrutura de estocagem no estado. Pedimos a sensibilidade da população de checar as informações, não se deixar levar por fake news, que é crime e o Governo vai estar de forma enérgica combatendo esse tipo de conduta", assegurou Teles Júnior.
A expectativa dos empreendimentos e do Governo é que a situação seja normalizada em poucos dias.
"Não precisam ficar em filas quilométricas. Inclusive, temos vários postos pela cidade, e a maioria já tem estoque. Conversamos com as duas distribuidoras que garantiram para nós que o produto está aí, e, com calma, a situação vai se resolver. Não precisa encher tanque e nem carote", comentou Floriano Machado, gerente de um posto de combustíveis.
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