Governo do Amapá debate construção de plano para combater doenças não transmissíveis e acidentes
Serão dois dias de interação com gestores e técnicos dos setores de saúde, assistência, justiça, segurança e educação.
Evento é coordenado pela SVS, em parceria com o Ministério da Saúde
O Governo do Amapá iniciou nesta terça-feira, 22, uma série de discussões sobre a construção do plano estratégico para combater os casos de doenças não transmissíveis, como diabetes e câncer; e de agravos, como se denominam os danos à integridade física causados por quedas, afogamentos, lesões, acidentes de trânsito, entre outros fatores.
O evento é coordenado pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), em parceria com o Ministério da Saúde. Serão dois dias de interação que envolve gestores e técnicos dos setores de saúde, assistência, justiça, segurança pública, educação e faculdades.
"Esse encontro vem para fortalecer mais ainda nossas ações de enfrentamento às doenças crônicas e acidentes no Amapá. Aqui, vamos falar da implementação de políticas públicas, levando em conta as especificidades de cada região como da população urbana, ribeirinhos, quilombolas e indígenas”, enfatizou Cláudia Monteiro, chefe de gabinete da SVS.
A ideia é construir o plano atendendo às realidades específicas de cada município. Para o coordenador de Saúde de Oiapoque, Adelson Lima Rodrigues, esse aspecto é fundamental para a efetividade do projeto.
"Oiapoque é uma região de fronteira, existem as comunidades mais distantes e de difícil acesso, queremos agregar ações que beneficiem especificamente essas áreas", disse Rodrigues.
Fatores de riscos
As doenças não transmissíveis, principalmente as cardiovasculares, cânceres, diabetes e doenças respiratórias crônicas, são causadas por vários fatores ligados às condições de vida das pessoas, como bens e serviços públicos, garantia de direitos, informação, emprego e renda e possibilidades de fazer escolhas favoráveis à saúde.
Os principais fatores de risco comportamentais para o adoecimento são: tabagismo, consumo de álcool, alimentação não saudável e inatividade física.
Já os danos à integridade física estão fortemente relacionados às desigualdades sociais, que podem ser determinadas pelo gênero, pela raça/cor da pele, pela classe social e pelo nível de escolaridade.
Mulheres e homens negros e pardos são vítimas mais frequentes de mortes por causas violentas do que os brancos. Entre homens jovens, ocorrem três vezes mais mortes violentas de negros em relação aos brancos.
"O Ministério da Saúde publicou esse plano em 2021 e vem servindo como base para os estados e municípios que querem construir estratégias locais dentro da área de vigilância. O plano busca prevenir acidentes e doenças crônicas não transmissíveis e o Amapá hoje começou suas discussões a respeito do assunto que é de extrema importância para a saúde dos amapaenses”, disse Letícia Cardoso, representante do Ministério da Saúde.
De acordo com a SVS, as doenças crônicas estão entre as principais causas de óbitos no Amapá, junto com as violências (homicídios, suicídios, quedas, afogamentos) e acidentes de trânsito. Juntos, esses fatores representam 59% do total de mortes no estado em 2022, segundo dados preliminares.
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