Operação Shamar faz mais de 460 atendimentos em ações de combate a violência contra a mulher no Amapá
Ação iniciou dia 21 de agosto, durante a programação do “Agosto Lilás” do Governo do Estado.
Polícia Civil apresentou resultado da Operação Shamar no Amapá
O trabalho ostensivo e preventivo durante a Operação Shamar, que combate a violência contra a mulher e o feminicídio, levou a mais de 460 atendimentos para vítimas no Amapá. A atuação de agentes de segurança nos 16 municípios do estado resultou na apreensão de armas de fogo e munições, prisões em flagrante e por cumprimento de mandados, além da expedição de várias Medidas Protetivas de Urgência.
Deflagrada em agosto, mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, a operação é uma iniciativa nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com os governos estaduais.
No Amapá, a ação foi coordenada pela Delegacia de Crimes Contra Mulher (DCCM), em conjunto com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar, Secretaria de Políticas para Mulheres (SEPM), Poder Judiciário, Guarda Municipal de Macapá e órgãos municipais das cidades alcançadas pela operação.
Além do policiamento ostensivo, a Operação Shamar levou serviços educativos e preventivos, como blitze sobre as formas de denunciar e informações da rede de apoio e proteção, e palestras, atingindo milhares de mulheres e homens com o objetivo de multiplicar o conhecimento.
A ação, que durou 25 dias, apresentou os seguintes resultados:
- Mais de 460 boletins de ocorrências registrados pela Polícia Civil;
- Mais de 380 solicitações de Medidas Protetivas de Urgência;
- Instauração de 28 inquéritos policiais, destes 18 já foram concluídos;
- 461 denúncias verificadas e apuradas, tendo em todas, vítimas atendidas;
- Apreensão de 10 armas de fogo e 40 munições;
- 19 prisões em flagrante, 8 por cumperimento de mandado de prisão e 3 cumprimentos de busca e apreensão;
- 29 ações de panfletagem, palestras e orientações.
A coordenadora da operação e titular da DCCM de Macapá,delegada Marina Guimarães, enfatiza que, além da conscientização da sociedade em geral, várias mulheres criaram coragem para denunciar e acabar com o ciclo da violência doméstica em que viviam.
"Essa operação trouxe resultados bastante relevantes. Observamos o fortalecimento da mulher que buscou registrar os boletins de ocorrência. E essa foi a proposta do Governo do Estado e do Governo Federal, combater e prevenir a violência contra o público feminino, além de encorajar a denunciar o agressor”, frisou a delegada.
Um dos municípios atendidos foi Pedra Branca do Amapari, localizado na região centro-oeste do estado. A secretária municipal de Políticas Para Mulheres do município, Rafaela Bugarim, destacou a importância da rede de apoio, pois com o amparo certo, voltar para o ambiente de agressão não se torna a única opção.
"Em Pedra Branca, realizamos um trabalho de atendimento com o suporte essencial da Polícia Civil do Amapá e da PM, com a Patrulha Maria da Penha, onde acompanhamos uma vítima à delegacia, ao hospital, e até uma casa de apoio, que dá estrutura a essa mulher com atendimento psicológico, jurídico e de assistência social. Através desse ciclo conseguimos ter um trabalho positivo para a comunidade”, disse a secretária.
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