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Feira de Ciências e Engenharia do Amapá apresenta projetos que reforçam a inclusão no ensino

Alunos da educação especial têm a oportunidades de compartilhar suas ideas com o público.

Por André Silva
22/09/2023 11h29

Vitória criou um curta-metragem sobre os desafios da adolescência

A partir da Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap), que segue até esta sexta-feira, 22, o Governo do Estado reforça as políticas de inclusão no ensino. Entre os mais de 120 projetos apresentados, estão iniciativas desenvolvidas por alunos dentro do Transtorno do Espectro autista (TEA), deficientes auditivos e estudantes com altas habilidades e superdotação.

O aluno Samuel Santos Alves, da Educação de Jovens Adultos (EJA) da Escola Estadual Mário Quirino é surdo e desenvolveu uma pesquisa sobre a qualidade do álcool usado em academias de musculação de Macapá e o produto é eficiente pra combater o vírus causador da covid-19. 

O método utilizado foi a aferição do grau alcoólico dos produtos fazendo uso de instrumentos apropriados. O resultado foi que cinco das doze academias avaliadas apresentaram o valor alcoólico adequado para combater o vírus, enquanto sete foram reprovadas. Samuel conta com o apoio de dois intérpretes para expor seu trabalho ao público.  

A dupla Cibele de Lima, de nove anos, e Henrique Soeiro, de dez anos, que é surdo-mudo, desenvolveu um projeto com base em jogos educativos que estimulam o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras). As crianças são da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Guita, em Macapá. 

Para Cibele, o trabalho ajudou até mesmo na comunicação dela com a irmã, que também é surda.

“É um projeto que pode ajudar crianças e adultos”, concluiu a criança.

Mais inclusão

A aluna Sarah da Silva, da escola Estadual General Azevedo Costa, está dentro do espectro autista e é autora de um projeto de lei que propõe a melhoria da alimentação nas escolas de todo o país, com aumento de recursos destinados para essa atividade. 

Já a aluna Vitória Farias, de 17 anos, cursa o 3º ano na Escola Estadual General Azevedo Costa, que possui altas habilidades produziu um curta-metragem de filme de 20 minutos que retrata a falta de diálogo nas relações sociais, com foco na vida de uma adolescente e sua mãe.

“A gente mostra o parecer, porque não tem uma solução para esse problema, mas tem uma forma de amenizar o conflito. O adoscente tem a opinião dele, mas nem sempre a opinião dele vai bater com a da mãe, aí cria-se esse conflito. A passos lentos a gente consegue fazer a relação sair de uma relação conturbada para uma relação saudável”, disse a aluna.

Feira Inclusiva

O coordenador da Feceap, Gilvandro Pantaleão, ressalta que a inclusão torna o evento cada vez mais forte. 

“A feira é para todos os alunos, é uma feira inclusiva”, pontuou o coordenador.

A 11ª edição da Feira de Ciências e Engenharia do Amapá (Feceap) expõe 121 projetos desenvolvidos por alunos de instituições públicas e privadas, nacionais e internacionais. O evento que começou nesta terça-feira, 19, segue até esta sexta, 22, na quadra do Colégio Amapaense, localizado no centro de Macapá.

Os trabalhos inscritos foram divididos em seis categorias, de acordo com a escolaridade de cada grupo. Os projetos com as melhores avaliações em cada categoria receberão uma premiação em dinheiro, no valor de R$5 mil para o primeiro colocado, R$3 mil para o segundo e R$2 mil para o terceiro. A cerimônia acontecerá no local do evento.

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