Com apoio do Governo do Estado, festival celebra a cultura e a diversidade indígena do Amapá e do Norte do Pará
Evento reúne exposição de artesanato e gastronomia dos povos originários até sábado, 23, na Toca da Onça, em Macapá.
Festival inclui apresentações teatrais
Com apoio do Governo do Estado, teve início na sexta-feira, 22, o 1º Festival e Feira Cultural dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará. O evento é realizado pelo Exército Brasileiro e apresenta para a população a riqueza da cultura dos povos originários, com exposições de artesanato, apresentações teatrais e gastronomia até este sábado, 23, na Toca da Onça, em Macapá.
Diversas comunidades participam do festival, incluindo os Wajãpi, que vivem em Pedra Branca do Amapari, Wajãpi, e os Karipuna, Palikur, Galibi Marworno e Galibi Kalinã, de Oiapoque.
Para a secretária dos Povos Indígenas do Amapá, Sônia Jeanjacque, o festival celebra as tradições indígenas e reforça o respeito pelos povos originários.
"Esse é um evento que foi idealizado para mostrar ao povo da capital o quanto a população indígena é rica em cultura, então é um momento de muita alegria", enfatizou Sônia.
O festival também conta com o apoio de instituições como o Distrito Sanitário Especial do Amapá e do Norte do Pará Indígena (DSEI), coordenado por Simone Karipuna.
"Um dos grandes objetivos, se não o maior, é fazer com que a população não indígena conheça a realidade, a cultura e a gastronomia de toda essa diversidade que são os povos indígenas", conclui Simone.
As secretarias de Estado do Trabalho e Empreendedorismo (Sete), de Saúde (Sesa) e de Política para as Mulheres também apoiam o evento com ações de cidadania e saúde, como aplicação de flúor e a retirada da carteira do artesão.
Valorização e respeito
O festival inclui a presença de estudantes de escolas públicas que aproveitam a oportunidade para aprofundar os conhecimentos sobre a cultura dos povos originários na peça teatral Maiuhi, apresentada por jovens indígenas que retratam o dia a dia de sua cultura.
Além das exposições, são ofertados atendimentos médicos e odontológicos, visitas guiadas às escolas estaduais e municipais para exposições e apresentações da peça teatral Maiuhi aos estudantes.
A pesquisadora e artista indígena do povo Palikur-Arukwayene, da região do Oiapoque, participa do festival com uma exposição do trabalho de ilustrações digitais denominada ‘Visões de Mundo’, a partir de um olhar contemporâneo da realidade Indígena.
"Eu fazia desenhos desde criança, inspirada nos elementos do meu povo e também na mulher Indígena e em todas as mulheres que estão no centro das minhas artes, elas são as águas, as sementes, as mães que protegem, que lutam pelos filhos e elas estão sempre presente no meu trabalho, que eu costumo sempre trazer também a junção do tradicional com o contemporâneo", frisou Keyla.
Para o comandante da 22ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército, general Marcus Vinicius Bonifácio, o festival possibilita trazer a cultura indígena para o cenário urbano e também é um ato de respeito e inclusão, já que há uma ligação histórica entre o exército e os povos indígenas.
“A parceria com o Governo do Estado reforça essa cooperação em diversas áreas, mas também nessa área cultural dos nossos povos tradicionais, aqueles que aqui sempre habitaram e a gente traz um pouco disso, mostra um pouco dessa rica cultura que nós temos aqui", conclui o general.
O indígena Panape Apalai Waiana faz parte da Associação dos Povos Indígenas Waiana e Apalai e participa do festival.
"Nós queremos mostrar a nossa cultura, a nossa participação, dizer que nós somos raiz, nós somos os povos originários aqui do Brasil e que nós lutamos pelos nossos direitos, pela educação, saúde e pelo futuro das nossas crianças", pontuou Panape.
Parceiros
Entre os parceiros também estão o Instituto Akari, o Sebrae Amapá e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
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