Salão de Arte R. Peixe traz as belezas do Amapá para a 52ª Expofeira Agropecuária

Salão de Arte R. Peixe é um dos 10 espaços culturais da 52ª Expofeira do Amapá

A artista plástica, Keyla Palikur trouxe a obra "A Moça do Brinco de Miçanga", para a exposição do Salão de Artes R. Peixe, da 52ª Expofeira Agropecuária do Amapá. Ela é uma das expositores do Salão, que traz obras de 12 expositores que falam sobre as belezas do estado, em comemoração aos 80 anos de criação do Amapá. 

A releitura proposta por Keyla é baseada na obra "A moça do brinco de pérola", do artista neerlandês Johannes Vermeer de 1665. Na obra, Keyla trouxe os aspectos indígenas da sua cultura para falar sobre a mulher indígena e sua identificação na sociedade branca.

"O que busquei dizer nessa obra é que a mulher indígena não precisa estar pintada ou ornamentada com traços específicos de uma cultura para ser indígena, nós somos indígenas porque nascemos indígenas e usar a roupa, o brinco, nada disso irá mudar esse fato, ainda assim, retrato os traços do povo Palikur e sutilmente expresso essa identidade que não precisa ser vista de imediato, ela é intrínseca para nós", explica.

Além dela, outros artistas também estiveram presentes, trazendo suas obras para a exposição, como o artista plástico Herivelto Maciel, que deu continuidade a um de seus quadros ao vivo para os visitantes do Pavilhão Amapá 80 Anos, onde ocorre a apresentação dos quadros. Ele é um dos artistas convidados a expor.

"É uma alegria estar aqui, celebrando a cultura do nosso estado, a história, é um momento que com certeza tem a cara da Expofeira e celebra esses 80 anos, eu, meus colegas, participamos dessa história quando a contamos pelas nossas fotos, pinturas e olhos", explica Maciel.

Para quem passa pelo local, o espaço conseguiu agregar a beleza diversa do Amapá e do povo daqui. O assistente administrativo Gleidson Rodrigues, de 33 anos, acompanhou a exposição de fotos do artista amapaense Josimar Nascimento, que tem 13 anos de carreira.

"Gostei da forma como ele retrata as pessoas, as paisagens da região, traz um certo saudosismo de boas lembranças, da vida pacata, algo que temos por aqui, é um espaço que realmente nos faz sentir o Amapá", explica Gleidson.

Pavilhão Amapá 80 Anos

A exposição do Salão de Artes R. Peixe pode ser visitada no Pavilhão Amapá 80 Anos, que traz toda uma temática especial voltada a criação do ex-Território. 

O pavilhão inteiro apresenta a cultura dos 16 municípios para o público que participa da programação no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá, até 8 de outubro. O Governo do Estado idealizou o ‘Pavilhão Amapá 80 Anos’ para contar a história de criação do ex-Território e sua trajetória até os dias atuais. 

Os stands foram ocupados com diversas expressões culturais, turísticas e econômicas dos municípios, que apresentaram histórico, degustação da gastronomia local e políticas públicas de desenvolvimento. 

Salão de Artes R. Peixe 

O espaço conta com a exposição de 24 artistas e suas obras de artes visuais, incluindo obras bidimensionais, tridimensionais, artes plásticas, quadros, esculturas, instalações artísticas, entre outras, que são comercializadas durante a programação.

O espaço foi nomeado em homenagem ao artista plástico R. Peixe, que buscou, através de suas obras, valorizar a cidade e o cidadão macapaense. O artista foi o grande idealizador e fundador da escola de artes Cândido Portinari, sendo o primeiro diretor da instituição.

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