Conheça o significado das expressões culturais que dão nome aos ambientes da 1ª Folia Literária Internacional do Amapá
‘Regatão’, ‘Gengibirra Literária’ e ‘Barracões’ são alguns dos espaços que o público irá encontrar no evento a partir desta sexta, 27.
‘Feira de Artesanato Regatão’ faz referência à embarcação que funcionava como um comércio fluvial pelos rios amazônicos
A 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, promovida pelo Governo do Estado, fará homenagens aos grandes nomes da literatura e poesia local. O evento contará com palestras, oficinas, apresentações culturais e shows musicais a partir de sexta-feira, 27, no Parque do Forte, às margens do Rio Amazonas, na orla de Macapá.
Os espaços criados dentro da “cidade literária” relembram expressões culturais do Amapá e grandes nomes da literatura e da poesia local. A feira marca a retomada de festivais que contemplam a literatura tucuju após 10 anos.
Feira Artesanal Regatão
A 1ª Folia Literária Internacional do Amapá contará com a ‘Feira de Artesanato Regatão’, um espaço para exposição e venda de livros. O nome ‘Regatão’ é uma referência à embarcação utilizada no passado para vender produtos como alimentos, roupas e sapatos aos ribeirinhos pelos rios amazônicos, em um verdadeiro comércio fluvial, já que essas pessoas tinham dificuldade para se deslocar até a cidade.
Hoje em dia, o Museu Sacaca, em Macapá, mantém um barco que é uma réplica do regatão, com produtos expostos, como se estivesse pronto para atravessar os rios, indo de encontro ao povo ribeirinho. O público pode visitar a embarcação, que faz um percurso pelo igarapé que atravessa o museu. Gengibirra Literária Isnard Brandão
Uma versão amazônica do café literário, a ‘Gengibirra Literária Isnard Brandão’ contará com lançamentos de livros e sessões de autógrafos de diversos autores. O nome do espaço homenageia a gengibirra, bebida feita à base de gengibre, açúcar e aguardente, conhecida como um dos principais elementos do marabaixo, uma manifestação cultural do Amapá.
Ao longo da história, a produção da gengibirra passou por algumas transformações e é servida gratuitamente nas rodas de batuque. A bebida foi considerada patrimônio cultural imaterial do Amapá em 2019 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Para compor a homenagem, o nome do espaço é uma referência ao poeta e boêmio Isnard Brandão, filho de Isnard Lima e da professora de música Walkíria Lima. O autor publicou ‘Rosas para a Madrugada’ (poemas, 1968) e ‘Malabar Azul’ (crônicas, 1995), além de diversos artigos publicados em jornais.Barracões
Antigamente, no Amapá, as casas dos quilombolas eram chamadas de barracas, onde a comunidade local se reunia para confraternizações. Atualmente, ocorrem nesses espaços as celebrações anuais do Ciclo do Marabaixo.
A professora Aracy Mont’Alverne dá nome ao Barracão das Multivozes, um dos espaços de debate em mesas temáticas e palestras. A educadora lançou livros como ‘Luzes da Madrugada’, de 1988, e ‘Arquivo do Coração’, de 1997, além da composição de peças infantis e do poema ‘Macapá Cinderela’, de 1986, em homenagem à capital amapaense.
O cantor, compositor, músico e promotor de Justiça Mauro Guilherme, que intitula o Barracão das Palavras, é autor de contos, romances e poesias premiadas pela Associação Nacional de Escritores e pela União Brasileira de Escritores.
Aos 20 anos, o escritor lançou seu primeiro livro, ‘Reflexões Poéticas’, de 1988. Em seguida, publicou "Humanidade Incendiada", de 2003, "Destino", de 2007, entre outros.Palco Remanso
Outro espaço da Folia Literária é o Palco Remanso. A expressão ‘remanso’ vem da calmaria das águas nas margens dos rios, principalmente em áreas de pedras e manguezais, que torna o clima sossegado e aconchegante, assim como as margens do Rio Amazonas.
É esse clima de aconchego que os visitantes vão encontrar no Palco Remanso, que trará apresentações culturais durante todos os dias da programação, a partir das 20h.
O local terá shows da cantora Patrícia Bastos, do grupo Poetas Azuis Remix Poesia e grupos de Marabaixo do Laguinho e da União dos Devotos de Nossa Senhora da Conceição, entre outros.
Palco Antônio Munhoz
O local será destinado a apresentações livres e lítero-musicais ao longo de toda a programação e faz um tributo ao professor Antônio Munhoz Lopes, falecido há seis anos. Com uma vida dedicada à educação, poesia e história do Amapá, o professor era considerado um “cidadão do mundo” por ter viajado a diversos países do planeta, como registrado no último poema escrito por Alcy Araújo, em 1989.
Piquenique Cultural
O espaço no entorno da Fortaleza de São José é conhecido tradicionalmente por reunir dezenas de famílias e amigos que aproveitam a brisa do Rio Amazonas para conversar, caminhar e fazer piqueniques.
Na 1ª Folia Literária Internacional do Amapá, o ambiente será tomado por contação de histórias e intervenções poéticas ao sabor dos ventos calmos na esquina do rio mais belo.
1ª Folia Literária Internacional do Amapá
A 1ª Folia Literária Internacional do Amapá acontece no Parque do Forte, às margens do Rio Amazonas, na orla de Macapá, a partir de sexta-feira, 27, até domingo, 29. O evento, que reunirá renomados escritores do país e outras partes do mundo, terá uma vasta programação com palestras, oficinas, apresentações culturais e shows musicais.
A estrutura da feira, que marca a retomada após 10 anos de festivais que contemplam a literatura amapaense, vai contar com mais de 20 boxes e 2 barracões, onde serão realizadas várias atividades de expressões artísticas. Além disso, o espaço contará com o Corredor Literário, com estandes de livrarias e a Cápsula do Tempo Virtual, do “Amapá 80 Anos”. O evento faz parte do plano de gestão do Governo do Amapá.
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