Academia Amapaense de Letras aposta na Folia Literária para fortalecer a produção amazônica
Integrantes da entidade participaram de palestras e oficinas no Parque do Forte, em Macapá.
Escritor e poeta Fernando Canto falou sobre a produção literária amazônica
As margens do Rio Amazonas, ladeada pela imponente Fortaleza de São José de Macapá, a "Cidade Literária" foi erguida pelo Governo do Estado para promover a primeira edição da Folia Literária Internacional do Amapá. A programação iniciou nesta sexta-feira, 27, com a participação de poetas e escritores do Brasil e do Mundo.
A Academia Amapaense de Letras trouxe nomes como Fernando Canto e Alcinéa Cavalcante, filha de Alcy Araújo, um dos homenageados da Folia. O encontro debateu o fortalecimento da literatura regional e democratização das obras para que cada vez mais, estejam ao alcance de todos os públicos.
"Nós queremos que a literatura amapaense seja vista, chegue às escolas, aos alunos, para que eles possam entender a importância social dela. É a história e a identidade cultural do nosso povo se mantendo firme e vibrante. E a Folia Literária vem ao encontro exatamente dessa expectativa", disse o presidente da Academia, Fernando Canto.
Há mais de 70 anos em atividade, a Academia Amapaense de Letras acredita que a Folia Literária é uma forma de ultrapassar fronteiras para a divulgação da literatura amazônica.
"A ideia de levar a Academia para as escolas é promover a literatura e a história do Amapá para as novas gerações. O que se percebe hoje, com raras exceções, é que os jovens autores não conhecem as raízes da literatura amapaense", ressaltou Alcinéa.
A estudante, Natália Soares, conta que cresceu lendo livros e criou uma relação com a literatura. Para ela, participar da Folia e poder ouvir tantos escritores, é uma emoção única, que ficará na memória.
"Gosto de literatura desde pequena, aprendi a gostar na escola, quando vi na internet sobre a Folia Literária fiquei muito feliz em saber que agora esse movimento ganha visibilidade em nosso estado", comemorou a jovem.
Folia Literária
Essa é a primeira programação voltada para a valorização da literatura, do livro e da leitura em 10 anos no Amapá. A feira integra o plano de gestão do Governo do Amapá e é realizada em parceria com as Organizações Culturais da Amazônia (OCA Produções), com o apoio dos senadores Davi Alcolumbre e Randolfe Rodrigues, e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AP).
De acordo com a secretária de Estado da Cultura (Secult), Clicia Vieira Di Miceli, a ideia é transformar a Folia em um evento permanente no calendário anual cultural do Amapá.
"A ideia da feira literária nasceu de uma conversa do governador Clécio Luís com o poeta Joãozinho Gomes. O sonho era que pudesse se transformar em um evento anual em nosso estado. No primeiro ano de gestão, o Governo já assumiu esse compromisso realizando a Folia Literária Internacional do Amapá, que traz alegria, tradições e traduz o sentimento de vivenciar todo o universo proporcionado pela leitura", explicou a secretária.
A primeira edição homenageia os escritores e poetas Ivo Torres e Alcy Araújo (in memoriam). São 54 artistas amapaenses, e 14 artistas de outros estados e países, como São Paulo, Alagoas, Amazonas, Roraima, Maranhão, Bahia, Rio de Janeiro, Pará, Rio Grande do Sul, e Guiana Francesa e Índia.
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